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UNIÃO GOIANA DOS POLICIAIS CIVIS

Caminho até o crime que culminou na morte do jovem Murilo ainda é mistério

Depois de nove dias de procura, o corpo do jovem Murilo Ramos de Souza, de 25 anos, foi encontrado por acaso em uma fazenda de milho entre a área urbana de Anápolis e o distrito de Joanápolis na manhã desta segunda-feira (5), a cerca de 60 km de Goiânia. Ele desapareceu na noite do dia 26 de setembro depois de sair de Itapuranga com o Hyundai IX35 da mãe para ir encontrar uma garota na cidade vizinha, Ceres. Quatro suspeitos de terem roubado o veículo foram mortos durante uma ação policial no bairro Gran Ville, em Anápolis, por volta das 2 horas na madrugada do dia 27. O celular de Murilo continua desaparecido.

Identificado apenas no fim da tarde pelas impressões digitais, o cadáver foi encontrado pelo operador de máquinas pesadas, Wesley Pereira da Silva, de 42 anos. Ele estava realizando um serviço na fazenda dirigindo uma pá carregadeira, quando avistou o corpo de Murilo. “Eu olhei para a minha esquerda e vi o volume. A princípio eu pensei que era um cachorro morto”, relata o trabalhador.

O corpo de Murilo estava em avançado estado de decomposição, já na fase de esqueletização, segundo a Polícia Científica, que é quando há o processo de desintegração da pele e dos tecidos moles, começando a aparecer os ossos. O jovem estava vestido com uma calça jeans e uma camiseta, os braços amarrados para trás com um cadarço de tênis. De acordo com Wesley, o maxilar parecia quebrado e era possível ver três perfurações na nuca do rapaz.

Depois de identificado, o corpo foi para o Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia, onde será examinado por uma equipe especializada em corpos esqueletizados. Os profissionais da Polícia Científica devem analisar as lesões no cadáver para descobrir o que de fato matou Murilo, a arma de fogo ou a pancada na cabeça.

O delegado Vander Coelho, titular do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Anápolis, explica que ainda é preciso uma perícia para confirmar se houve perfuração de arma de fogo. “Não é possível afirmar ainda. O corpo estava em estado de decomposição mais adiantado. Às vezes as pessoas tendem a informar que onde houve furo foi disparo, mas da forma como o corpo foi encontrado, até animais na região poderiam fazer isso.”

Desde que o corpo foi achado, a família já suspeitava que ele seria Murilo. Dentro do Hyundai, roubado e depois recuperado, estavam dois objetos da vítima: os óculos e um par de tênis, sendo que um deles estava sem cadarço. Além disso, apesar de suja de terra, a roupa no cadáver era semelhante à de Murilo.

Investigação

Integrantes da Polícia Civil de Goiás de três cidades estão envolvidos na investigação do desaparecimento, e agora morte, do jovem morador de Itapuranga. Os investigadores já traçaram o caminho que Murilo percorreu desde que saiu da casa dele até sair de Rialma, no Hyundai da mãe, com os quatro suspeitos dentro do veículo, que mais tarde seriam mortos em uma ação policial. O que aconteceu entre este momento e a morte do jovem ainda é um mistério.

Pelo que foi apurado com testemunhas e câmeras de monitoramento, Murilo foi até um bar e restaurante em Itapuranga, onde jantou, e seguiu para Ceres, cerca de 68 km de distância. O objetivo da curta viagem era encontrar uma garota.

“A gente sabe que ele tinha intenção de adquirir ‘bala’ (ecstasy) e veio ao encontro de uma mulher. Ela já foi identificada e falou que o Murilo viria até Ceres e queria que arrumasse ‘bala’, mas ela não conseguiu esse ecstasy”, relata o delegado de Ceres, Matheus Melo. A jovem estava em outra cidade, Rianápolis, e acabou desistindo do encontro porque não teria conseguido uma carona até Ceres, 20 km de distância.

Câmeras de monitoramento mostram que, por volta das 22h40, Murilo dirigiu até o Mirante de Ceres, ponto turístico da cidade de onde se tem uma visão da parte urbana do município e da vizinha Rialma. Ele ficou no local durante 13 minutos. Neste tempo, conversou com os quatro jovens e saiu dali com eles dentro do veículo, com Murilo dirigindo. Segundo o delegado, um carro com as características do Hyundai saiu de Rialma no sentido de Anápolis às 22h58.

Por volta de três horas depois que os cinco haviam saído de Rialma, os quatro jovens foram mortos durante uma ação policial no bairro Gran Ville, em Anápolis, cerca de 140 km de distância. As investigações apontam que eles teriam roubado o Hyundai das mãos de Murilo. O corpo do jovem foi encontrado cerca de 5 km do endereço da ação policial.

Com os quatro suspeitos, os policiais encontraram o veículo Hyundai com os tênis, óculos e a identidade de Murilo. Também foram encontrados vestígios de sangue, que estão sendo analisados para verificar se são do jovem de Itapuranga. Também no carro estava o documento do veículo, no nome da mãe de Murilo. A família foi avisada por volta das 5 horas.

Testemunhas já confirmaram que os quatro suspeitos teriam a intenção de roubar um carro para pagar uma dívida. Os jovens mortos na ação policial foram Victor Manoel de Oliveira Bispo Araújo, de 20 anos, Adrian Pereira Dias, de 19, Gabriel Divino Ribeiro, de 19, e Ayrol Silva Duarte, 25 anos. Os dois mais velhos tinham antecedentes criminais por tráfico e posse ou porte de arma de fogo. Vítor chegou a responder por tentativa de homicídio. Adrian não tinha nenhum antecedente criminal e Gabriel já foi flagrado consumindo substância ilícita.

Segundo o delegado Vander, dois foram mortos do lado de fora e dois dentro de uma residência no Gran Ville. Eles teriam reagido a uma abordagem da Companhia de Policiamento Especializado. Por sua vez, a equipe de policiais teria ido até o local por conta de uma denúncia anônima de roubo de veículo e após interceptações telefônicas que teriam indicado o endereço em que os criminosos chegariam com o carro roubado.

Foto: Wildes Barbosa

Fonte: Jornal O Popular

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Nascida de um ideal de aproximação da família policial, revivida de esforços coletivos e abnegada dedicação, criou-se a Associação da Polícia Civil…

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