Após a prisão de Wellington Ribeiro da Silva, de 52 anos, investigado por 47 estupros, outras sete vítimas procuraram a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Aparecida de Goiânia, durante esta semana. No total, os casos investigados pela Polícia Civil somam 54 sendo que 22 já foram confirmados por meio de exames de DNA e terão, agora os inquéritos finalizados e encaminhados ao Poder Judiciário até a próxima sexta-feira (27).

Wellington, considerado pela Polícia Civil de Goiás como um dos maiores estupradores em série do País, foi preso no último dia 12 de setembro, em uma via pública, no Setor Veiga Jardim, Aparecida de Goiânia, próximo ao Anel Viário. Com um um padrão único de ação, utilizando uma motocicleta, aborda vítimas em horários de baixa luminosidade, na madrugada e à noite, com uma arma de fogo. Ele nunca tirava o capacete e logo pedia o celular e retirava o chip. A partir daí levava as mulheres, sozinhas ou acompanhadas, para um local afastado e sem movimentação.

Titular da Deam de Aparecida, a delegada Ana Paula Machado explica que as sete vítimas que procuraram a delegacia possuem idades distintas e que três delas são adolescentes. Todos os casos já haviam tido boletins de ocorrência registrados, mas não havia ainda uma autoria definida. “As investigações continuam para confirmar a autoria e ele permanece detido no Sistema Prisional. Não fomos procurados por nenhum advogado e em depoimento, no ato da prisão, ele assume apenas a autoria de seis casos”, completa Ana Paula Machado.

Os casos

Wellington é condenado no Mato Grosso a mais de 47 anos de prisão por um triplo assassinato que ficou conhecido como Chacina de Monte Líbano em alusão a um bairro de Rondonópolis. O caso aconteceu em 1997 quando, segundo as investigações, Wellington liderava uma quadrilha que praticava assaltos e homicídios. Ele desconfiou que sua companheira, Luzia Pereira da Cruz, estava repassando informações à polícia e decidiu matá-la. Na casa da vítima, ele não só degolou a mulher, como também seus dois filhos, de 10 e 3 anos. Wellington não era o pai das crianças.

Quando foi condenado, Wellington estava em Goiânia, onde em 2011 foi preso por ter roubado e estuprado uma mulher no Jardim Ipanema que estava com um bebê de cinco meses em quem fez sexo oral. Em 2013 fugiu da penitenciária no Mato Grosso e foi para o Mato Grosso do Sul e em 2014, retornou a Goiás.

Foto: PC de Goiás

Fonte: Jornal O Popular

Link: https://www.opopular.com.br/noticias/cidades/casos-investigados-de-estuprador-em-s%C3%A9rie-preso-em-goi%C3%A1s-chegam-a-54-1.1894668