O celular de Murilo Ramos de Souza, de 25 anos, ainda não foi encontrado. O corpo do jovem, desaparecido desde o dia 26 de setembro, foi localizado por um operador de máquinas na manhã de 5 de outubro em uma fazenda de Anápolis, próximo do distrito de Joanápolis, cerca de 200 metros da rodovia GO-560. Quatro suspeitos de roubar o carro da vítima foram mortos durante uma ação policial na madrugada do dia 27.

“Não há nenhuma suspeita de onde ele (celular) pode estar. Possivelmente acabou a bateria, então vai ser complicado localizar este telefone”, explica o delegado Matheus Melo, de Ceres, um dos investigadores que está atuando no caso.

Os policiais já sabem que Murilo encontrou os quatro suspeitos no Mirante de Ceres, ponto turístico da cidade, por volta das 22h50. Os cinco entraram no carro, guiado por Murilo, e saíram de Rialma, vizinha de Ceres, na direção de Anápolis, às 22h58. A falta do celular é um dos fatores apontado pelo delegado que dificulta saber o motivo da ida do jovem ao Mirante, embora haja a suspeita de que a vítima queria comprar ecstasy.

Ainda é um mistério o que aconteceu entre a saída do grupo da cidade e a morte dos quatro suspeitos no bairro Gran Ville, em Anápolis. O local onde o corpo foi encontrado é cerca de 5 km do local da ação policial.

No carro Hyundai IX35 que estava na posse dos quatro suspeitos foram encontrados três objetos de Murilo: um par de óculos, um par de tênis, sendo um sem cadarço, e o documento de identidade. Vestígios de sangue que estavam no carro estão sendo analisados para confirmar se são do jovem de Itapuranga.

O corpo de Murilo estava com as mãos amarradas para trás com um cadarço e com furos na nuca, mas ainda não está claro se são marcas de tiros, já que o tempo e ambiente podem ter modificado o cadáver. Depois do corpo ser reconhecido em Anápolis pela impressão digital, a Polícia Científica avalia as lesões para saber se o jovem foi morto por arma de fogo ou uma pancada na cabeça.

Segundo o delegado Vander Coelho, do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Anápolis, a perícia avalia que o corpo estava no local onde foi encontrado desde o dia do crime. Ele estava um pouco afastado da estrada, mas sem nada que o ocultasse. “Foi simplesmente jogado em uma passagem”, descreve o delegado.

“Agora a gente vai aprofundar as investigações com calma, a fim de identificar possíveis partícipes e co-autores (do crime)”, declara o delegado Matheus Melo.

Foto: Reprodução

Fonte: Jornal O Popular