A Justiça Federal em Formosa, no Entorno do Distrito Federal, revogou nesta quarta-feira (26) a medida cautelar que suspendia o ex-subcomandante da Polícia Militar de Goiás (PM-GO), coronel Ricardo Rocha, das atividades policiais nas ruas e das funções de comando. A decisão foi tomada depois de uma manifestação do Ministério Público Federal (MPF), favorável ao investigado.
Na decisão, o juiz Eduardo Luiz Rocha Cubas atendeu aos pedidos da defesa e justificou: “Entendo que o requerente logrou êxito em demonstrar que não subsistem os fundamentos que autorizaram o deferimento da cautelar de afastamento do cargo”.
Na época, o pedido de afastamento alegava a recusa de informantes em colaborar com as investigações por receio de que Rocha usasse o cargo, o segundo mais alto na hierarquia da PM, para intimidar testemunhas. A decisão de afastar o subcomandante foi emitida no dia 3 de abril de 2018.
Arma
Na medida revogada foi especificado que, além de afastado, o oficial não deveria ter direito a porte de arma ou uso de viatura. Rocha também não poderia assumir qualquer função de comando dentro da PM.
O pedido foi feito pela Polícia Federal, que investiga os crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver de Pedro Nunes da Silva Neto e Cleiton Rodrigues, em Alvorada do Norte, em 2010. O coronel é investigado nesse contexto pela Operação Sexto Mandamento, por supostamente ter liderado um grupo de extermínio no Estado.
No dia 10 de julho, Rocha foi remanejado para o Comando de Apoio Logístico e de Tecnologia da Informação (Calti), onde permanecia até esta quarta-feira. “Esta revogação confirma que houve uma grande injustiça para com o coronel Ricardo Rocha”, afirmou o tenente coronel Geraldo Pascoal, assessor interino de comunicação da PM.
Ricardo Rocha também é ex-comandante do policiamento da capital. Ao assumir o CPC, em fevereiro de 2012, ele negou as acusações em entrevista ao POPULAR. “Nunca existiu grupo de extermínio”, afirmou.
Fonte: O Popular
Autor: Dayrel Godinho é estagiário do convênio GJC e PUC-GO.