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Covid-19 faz expectativa de vida cair 2 anos em Goiás

Foto: Freepik

Se antes da pandemia do coronavírus (Sars-Cov-2) um goiano vivia em média 74 anos, agora a expectativa de vida ao nascer no Estado caiu para 72 anos. É o que afirma uma pesquisa da Universidade de Harvard em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A principal causa são as 13,3 mil mortes que já ocorreram no Estado em detrimento da doença, além de suas complicações.

A queda é reflexo direto da qualidade e condições básicas de vida da população causada pela pandemia. Estes são fatores determinantes para se definir o aumento ou decréscimo da longevidade de uma população. Em Goiás, desde os anos 2000, a expectativa de vida só vinha crescendo. Pulamos de 71,2 anos no início do milênio para 74,8 anos, um ganho de 3,63 anos.

Entretanto, a pandemia acarretou uma queda de 1,97 ano na expectativa de vida dos goianos. Entre as pessoas com idade de 65 anos, uma das faixas etárias mais afetadas pela doença, ela sofreu queda de 2,04. No Estado, o impacto foi maior entre homens do que entre as mulheres. Enquanto a expectativa das mulheres caiu de 78,20 para 75,92 anos (-2.29), a dos homens caiu de 71,66 para 69,13 (-2,53).

O geógrafo Lucas Kallil aponta que a redução da expectativa de vida em contexto da pandemia vem acompanhada de uma série de outros fatores como, por exemplo, um enfraquecimento contínuo que o sistema de saúde brasileiro já havia sofrido. “Também surte efeito nesse número a lentidão da vacinação e as políticas públicas que são tomadas pelos governantes”, afirma.

No Centro-Oeste, Goiás foi a terceira unidade da federação com maior queda na expectativa de vida. “O número do Distrito Federal se explica pela grande desigualdade existente lá. Entretanto, com o aumento de mortes em Goiás é preciso ficar alerta em relação a um possível crescimento”, destaca Kallil.

O geógrafo alerta ainda para o fato de que o estudo utilizou dados de 2020, e acredita que os números devem piorar em 2021. “Não existe solução fácil para problema difícil. Recuperar esse número vai depender totalmente da forma com que os governantes vão conduzir as políticas públicas e os orçamentos daqui para frente. Não será uma retomada fácil”, diz.

Qualidade de vida

Kallil esclarece que a expectativa de vida é um dado multifatorial, que está totalmente ligado à qualidade de vida. “Ela está relacionada diretamente com as políticas públicas. Uma expectativa de vida mais baixa significa um sistema de saúde pior, um sistema profissional enfraquecido e até mesmo um acesso menor à cultura e ao lazer.

Outro ponto levantado pelo geógrafo é o impacto econômico. “Diminuindo a expectativa de vida, teremos pessoas com menos tempo de contribuição. Isso é um problema previdenciário grande. Outra questão importante é o acesso à alimentação: o Brasil como um todo voltou para o Mapa da Fome. Isso tudo contribui diretamente para a queda da expectativa de vida”, enumera.

Brasil

A pesquisa Redução na expectativa de vida no Brasil em 2020 após a Covid-19 foi publicada em versão preliminar e ainda aguarda revisão de outros especialistas da área. Ela utilizou como base histórica os números sobre expectativa de vida no Brasil do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Ministério da Saúde sobre a pandemia da Covid-19.

No Brasil, o estudo apontou que a pandemia derrubou a expectativa de vida em 1,94 ano. Ela caiu de 76,74 anos para 74,80 anos em 2020, resultando em níveis de mortalidade registrados em 2013. O número vinha em crescente desde 1945 e saltou de 45,5 anos para 76,7 em 2020. Desde os anos 2000, o Brasil havia ganhado 6,94 anos em expectativa de vida.

A queda, assim como em Goiás, foi maior entre os homens (1,98 ano) do que entre as mulheres (1,82 ano). O Distrito Federal foi a unidade federativa que mais teve queda na expectativa de vida ao nascer (3,68 anos), seguido por Amapá (3,62 anos), Roraima (3,43 anos) e Amazonas (3,28 anos). Minas Gerais foi o Estado que menos sofreu com a diminuição, registrando a perda de apenas 1,18 ano.

A região que representou a maior queda na expectativa foi a Norte e a que teve a menor foi a Sul. A região Nordeste também registrou uma queda menor. “A região Norte, por exemplo, possui historicamente uma infraestrutura de saúde pública pior. Isso, somado às políticas públicas, agravaram as coisas por lá”, diz Kalil, para quem os diferentes resultados entre as regiões brasileiras são fruto das realidades sociais existentes no País.

Fonte: Jornal O Popular

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