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UNIÃO GOIANA DOS POLICIAIS CIVIS

Defesa de médium tenta prisão domiciliar com tornozeleira

A defesa de João Teixeira de Faria, o João de Deus, de 76 anos, tentará flexibilizar o regime de custódia do médium que se entregou neste domingo (16) à Polícia Civil de Goiás(PC-GO), em Abadiânia, após ser denunciado por supostos crimes de abusos sexuais. Os advogados do suspeito vão propor o regime domiciliar da restrição de liberdade com monitoramento por meio de tornozeleira eletrônica.

Em entrevistas concedidas à imprensa, os defensores enfatizaram que se trata de um senhor idoso e com problemas de saúde, inclusive, relataram que João de Deus precisou tomar um remédio no ato da prisão. O advogado Alberto Toron, argumentou que a prisão preventiva não tem caráter de castigar o suspeito. “A prisão preventiva não serve para isso (punição), a função precípua dela é evitar que a pessoa venha a fugir, é evitar que ela venha a ameaçar testemunhas”, afirmou. Com esta justificativa, o defensor também adiantou que pretende entrar com um pedido de habeas corpus nesta segunda-feira (17) para “discutir a legalidade da prisão”.

O líder espiritual João de Deus foi preso neste domingo por volta das 16 horas em Abadiânia, em uma estrada vicinal próxima à BR-060. A entrega foi negociada entre a PC-GO e a defesa do médium. O lugar ermo no qual se deu o fato, disse a defesa, foi escolhido para garantir a segurança de João de Deus.

O mandado de prisão foi expedido pela Justiça na última sexta-feira. A ordem para detenção partiu da PC-GO e teve como base 15 depoimentos de mulheres que prestaram queixas contra o médium. Ele era considerado foragido e seu nome já havia sido incluído na lista da Interpol. Após a prisão, João de Deus foi conduzido para a Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), em Goiânia. Ele prestou depoimento por mais de 4 horas. Até o fechamento desta edição o médium havia sido levado para o Instituto Médico Legal (IML), onde deveria passar por exame de corpo de delito. A informação da PC era de que ele passaria a noite na carceragem da Deic.

O delegado geral da PC-GO, André Fernandes, afirma que 15 depoimentos de supostas vítimas dão solidez ao inquérito que está sendo elaborado pela força-tarefa montada para tratar do caso. “São depoimentos contundentes, precisos apresentados em mais de duas horas, colhendo todos os detalhes, todas as circunstâncias”, destacou.

O delegado afirma também que neste momento, as investigações se concentram nos supostos crimes sexuais, porém, denúncias de extorsão, poderão ser verificadas com mais cuidado futuramente. “A Polícia Civil está analisando caso a caso, a princípio se concentrando nessa investigação da força-tarefa na questão dos abusos, na questão desses atendimentos restritos. Então, o grande desafio da Polícia Civil é provar esta situação. Lógico que esses outros crimes serão analisados”, disse Fernandes em relação a uma denúncia de uma suposta exigência de valores para afastar espíritos de uma mulher por parte de João de Deus.

Embora existam 335 denúncias que chegaram à força-tarefa montada pelo Ministério Público Estadual de Goiás (MP-GO), o delegado André Fernandes sustenta que o caso ficará nas mãos da PC.

35 milhões

A suposta retirada de R$ 35 milhões das contas de João de Deus, alvo de investigação do MP-GO são rechaçadas pela defesa. “Ele não sacou o dinheiro do banco. Ninguém saca R$ 30 milhões do banco. Ele simplesmente baixou suas aplicações para fazer frente a necessidades dele”, explicou o advogado. O defensor ainda alega que a suposição de que o médium usaria a quantia milionária para fugir do País caiu por terra quando João de Deus se apresentou a polícia. A PC também investiga o caso. (Colaborou Vandré Abreu)

João de Deus deve ficar em cela reservada a advogados

O médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, deve ficar encarcerado, após deixar a Deic, em uma cela do Núcleo de Custódia, área de segurança máxima do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. Isto deve acontecer após ele ser interrogado sobre 15 mulheres que o denunciaram na Polícia Civil de Goiás (PC-GO) por abuso sexual.

João vai dividir os cerca de 16 metros quadrados com outros três presos. Seus companheiros de cela são todos advogados. A cela é pintada de bege e possui apenas quatro camas de metal. Ela é conhecida como Sala do Estado Maior, destinada para detentos advogados. Possui uma janela com grades e um banheiro com um sanitário e um chuveiro.

Segundo a reportagem apurou, João de Deus não pode levar alimentos para dentro da cadeia e deve comer apenas as refeições fornecidas pelo sistema prisional: café da manhã, almoço e janta. O banho de sol é exclusivo para os quatro presos dessa cela e é de duas horas diárias.
Só é permitida a entrada de materiais de limpeza e higiene pessoal. As roupas devem ser obrigatoriamente da cor branca.

Pelas regras do Núcleo de Custódia, de início João de Deus só poderá receber visitas de advogados. Após 30 dias de adaptação, ele poderá receber a visita de pessoas cadastradas maiores de idade ou filhos. Até o fechamento desta edição, havia a expectativa de que ele se deslocasse ainda na noite de domingo para o Complexo Prisional.

Silêncio
A chegada de João de Deus à Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic) neste domingo ocorreu com tumulto e ele entrou sem que a imprensa o pudesse ouvir. Entretanto, instantes antes de ser detido, à jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, o médium disse “Me entrego à Justiça divina e à Justiça da terra”. Em vídeo desta entrevista ele aparecia debilitado. Minutos depois ele pediu um medicamento sublingual a seus advogados. O remédio é para o coração.

O advogado Ronivan Peixoto de Morais Junior, que também presta assistência a João de Deus, contou que o cliente estava em um sítio, mas disse não poder revelar a quem pertencia a propriedade nem se era um dos endereços pelos quais a polícia passou enquanto o procurava.

O advogado afirmou acreditar que seu cliente iria se manifestar apenas em juízo, mas que não saberia dar certeza porque a orientação sobre depor ou não foi feita por outro advogado que cuida do caso, Alberto Toron. “A polícia vai querer ouvir ele hoje (domingo), né? Mas acho que ele deve se manifestar apenas em juízo.”

A defesa do líder espiritual nega veementemente todas as acusações de abuso sexual e outros possíveis crimes atribuídas a João de Deus. Ao Ministério Público Estadual de Goiás (MP-GO) chegaram 335 queixas por diversos meios de comunicação.

Fonte: O Popular



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