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Desgaste e denúncias afetam reeleição de deputados goianos

Afetados por denúncias de corrupção, desgaste de aliados, partidos e da própria classe política como um todo, nomes de peso da política em Goiás acabaram não conseguindo se reeleger nas eleições do último domingo (7). Tanto na Assembleia Legislativa de Goiás quanto na Câmara dos Deputados, figuras conhecidas e com mandato amargaram votações menores que as que registraram em 2014.

Da atual legislatura, 12 deputados estaduais, incluindo o mais votado da última eleição, Mané de Oliveira (PSDB), não conseguiram se reeleger. Dos federais, seis ficaram sem vagas.

Considerando Câmara e Senado, dez partidos perderam representantes, sendo que as maiores perdas foram do PSDB, que ficou sem seis deputados no total; do PTB, que perdeu três parlamentares; e do PP, que viu sua bancada federal ficar sem dois membros.

No caso do PSDB, a avaliação de alguns deles é de que o cenário estadual, por si só, não é capaz de explicar a derrota nas urnas. Aqui, o principal efeito é decorrente da Operação Cash Delivery, que apura supostos repasses da Odebrecht para financiar campanhas do ex-governador Marconi Perillo em 2010 e 2014 e que resultou na prisão do ex-presidente da Agetop, Jayme Rincón, já solto.

Mas decisões como a de apoiar o governo de Michel Temer (MDB) e de não expulsar o senador Aécio Neves (PDSB), alvo da Lava Jato, também foram apontadas como possíveis explicações. Para o deputado federal Fabio Sousa, que ficou de fora, faltou ainda conseguir se firmar como oposição ao PT. “Acho que é uma série de erros, o PSDB precisa ser refundado. E essa história de ficar em cima do muro não dá certo, quem conseguiu mexer com o antipetismo foi o Jair Bolsonaro, e por isso que o PSL, que era um partido nanico, conseguiu ter a maior bancada anti-petista”, opinou.

“Tem que se discutir uma refundação para a gente poder aproveitar tudo aquilo de positivo ao longo da história do PSDB. Todos temos que ter capacidade de ser humildes e discutir aquilo que as urnas possam nos ter colocado. Acho que está se repaginando em Goiás e no Brasil”, completou Giuseppe Vecci (PSDB), presidente estadual do partido e deputado federal, que tampouco conseguiu se reeleger. “O PSDB recebeu um recado das urnas.”

Ao POPULAR, Mané avaliou que a derrota de quatro estaduais tucanos nas urnas foi efeito direto da Cash Delivery. “Isso é o efeito cascata do Marconi. Eu não era candidato, entrei na disputa a pedido do partido e perdi quando distribui 200 mil folders apoiando a chapa do PSDB. Não me arrependo, mas não esperava que isso fosse acontecer”, disse ele.

Também por isso, afirma Mané, ficaram de fora o “núcleo duro” do ex-governador Marconi, formado principalmente por Eliane Pinheiro e Francisco Oliveira, do PSDB, ambos nomes bancados pelo ex-presidente da Agetop. “Eliane, Francisco e Talles (Barreto, do PSDB, que foi reeleito) tinham um monte de prefeitos, eu não tinha nenhuma aliança. Quem for ligado ao PSDB já se complicou”, completou o deputado estadual.

No MDB, o deputado estadual Wagner Siqueira, que não se reelegeu, disse que a conjuntura regional e mundial, com eleitores optando por candidatos de direita, também teve impacto. “Essa é uma tendência, a votação de todos foi mais baixa. Existe também um sentimento pela renovação. Não tem que achar muita coisa não, tem é que desejar que quem foi eleito vá bem”, disse o emedebista.

PTB e PP

No PTB, a avaliação do presidente estadual e deputado federal Jovair Arantes, que também ficou de fora, é de que o tempo foi o maior culpado. Se, antes da eleição, a Executiva Estadual previa eleger dois deputados federais, acabou sem nenhum e na Assembleia ficou com apenas uma das quatro cadeiras que a sigla tem hoje. “Estou na política há 30 anos, são 9 mandatos. É o cansaço com nossa presença, essa onda de renovação, de achar que o Brasil tem jeito apenas com pessoas novas. Mas a gente tem que entender”, minimizou Jovair.

Questionado sobre a influência da Operação Registro Espúrio, na qual ele foi denunciado por suposta participação em esquema de fraudes no Ministério do Trabalho, o deputado disse que não houve. “Investigação qualquer cidadão pode receber a qualquer momento, é da vida corriqueira. Agora foi espalhafatoso e fui relator do processo da Dilma Roussef (ex-presidente), paguei um preço por isso. Fui perseguido e continuo sendo”, afirmou Jovair.

No PP, Roberto Balestra e Sandes Júnior chegaram a ser citados na Operação Lava Jato, embora os inquéritos já tenham sido arquivados ou estejam com pedido de arquivamento. Nenhum deles foi encontrado para comentar mas, de qualquer forma, também já estão há algum tempo na política: na bancada atual, o parlamentar com mais tempo de Casa é justamente Balestra, que tem oito mandatos.

Fonte: O Popular


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