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Estado de Goiás tem dez dias para desocupar Hospital Materno-Infantil

O Estado de Goiás tem dez dias para desocupar o Hospital Materno-Infantil Doutor Jurandir do Nascimento (HMI) por conta de problemas em sua estrutura, superlotação, falta de abastecimento e de saneamento. A Superintendência Regional do Trabalho em Goiás (SRT-GO) deve entregar um termo de interdição da unidade na manhã desta terça-feira (29) para a Secretaria de Saúde. O anúncio da medida acontece um mês após a morte de uma criança de cinco anos no corredor do Materno-Infantil, depois de esperar 11 horas por uma vaga em um leito pediátrico. No entanto, as auditorias que levaram à decisão drástica começaram antes disso, em janeiro.

Único hospital para atendimento de alta complexidade em crianças e bebês do Estado, o HMI deve ficar sem receber novos pacientes a partir desta terça-feira, caso a interdição seja cumprida. O poder público tem dez dias a partir desta terça-feira para apresentar um cronograma para a desocupação completa do prédio, que oferece, no total, 70 leitos pediátricos e neonatais, e é administrado por uma organização social, o Instituto de Gestão e Humanização (IGH).

Segundo texto enviado pela SRT-GO à imprensa, novos pacientes poderão ser recebidos após a regularização da farmácia do hospital. Visitas ao HMI realizadas por auditores fiscais do trabalho e fiscais do Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás (CRF-GO) teriam revelado a falta de medicamentos na unidade, além de local inadequado para o armazenamento dos mesmos, que estariam expostos ao calor excessivo e à umidade, sem um sistema de climatização.

Muitos problemas graves diagnosticados pelos fiscais são em relação à estrutura física do prédio do Materno-Infantil, que foi construído há quase 50 anos. As instalações elétricas da unidade estariam precárias, ao ponto de aumentar o risco de incêndio. Também foram consideradas péssimas as estruturas arquitetônicas e hidráulicas.

Fotos do interior do hospital divulgadas nesta segunda-feira (29) revelam paredes mofadas e quebradas, além de cerâmicas com aparente infiltração e móveis em estado de conservação precário, com macas enferrujadas e cadeiras de estofado rasgadas.

Reportagem do POPULAR no início do mês mostrou que a área dos leitos de retaguarda da urgência pediátrica do HMI, chegou a ser fechada e improvisada em outra parte do hospital. Problemas na estrutura do prédio produziam um mau cheiro tão intenso que impedia o trabalho dos médicos, enfermeiros e a permanência de pacientes.

A fiscalização encontrou irregularidades em todos os postos de enfermagem e enfermarias, com falta de limpeza e higienização, inexistência de bebedouros, chuveiros nos vestiários e armários para que os funcionários guardem seus itens pessoais. Foram mencionados problemas até na cozinha do hospital. Segundo a SRT, os contêineres onde os alimentos são preparados têm calor excessivo e risco de desabamento.

As visitas de fiscalização ao Materno-Infantil, acompanhadas pelo Ministério Público Federal e Ministério Público do Trabalho, começaram após denúncias dos servidores do hospital, no início do ano, e foram chefiadas pela auditora fiscal Jacqueline Carrijo. Ela também foi responsável pela determinação da interdição do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) em setembro do ano passado. Na época, foi constatada a falta de 112 medicamentos na unidade.

Desde o dia 12 de abril, pacientes internados do Materno-Infantil também são transferidos e atendidos no Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol). Foram inaugurados 55 leitos pediátricos na unidade no último dia 12. A medida foi uma maneira de tentar desafogar o HMI e diminuir a sua superlotação.

A reportagem entrou em contato com o IGH, que administra o Materno-Infantil, que informou que não vai se manifestar. “O IGH ainda não tem conhecimento do teor do relatório. Portanto, só vai se posicionar quando tiver acesso ao mesmo”, diz trecho de nota. A Secretaria de Saúde também afirma que só vai se posicionar sobre o caso após receber o termo de interdição oficialmente. Isso está programado para acontecer nesta terça-feria às 10 horas, na sede da SRT-GO, em Goiânia.

Medida é tomada um mês após morte de criança

A determinação para a interdição total do Hospital Materno-Infantil Doutor Jurandir do Nascimento (HMI) acontece após uma tragédia de repercussão nacional envolvendo a unidade. A morte do garoto Diogo Soares Carlo Carmo, de 5 anos, enquanto esperava por uma vaga em um leito pediátrico no colo da mãe, no corredor.

O caso expôs as péssimas condições de trabalho e a superlotação do HMI, que já havia passado por outras crises em anos anteriores. Responsável pela chefia da fiscalização, a auditora fiscal Jacqueline Carrijo, diz, em texto enviado pela Superintendência Regional do Trabalho em Goiás (SRT-GO), que a situação do hospital é de total abandono. “Mas um abandono que já dura anos e anos.”

Fonte/foto:https://www.opopular.com.br/noticias/cidades/estado-de-goi%C3%A1s-tem-dez-dias-para-desocupar-hospital-materno-infantil-1.1787326



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