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UNIÃO GOIANA DOS POLICIAIS CIVIS

Falso médico atuava havia três meses em hospital municipal de São João D’Aliança

Foto: Pixabay

Flagrado por exercício ilegal da Medicina na segunda-feira (4), Aluísio Santos, de 40 anos, estava há cerca de três meses trabalhando nos plantões do Hospital Municipal de São João D’Aliança, no Nordeste goiano, sem nenhum vínculo com a prefeitura local. Formado na Bolívia, mas sem o Revalida, exame necessário para validar o diploma no Brasil, Aluísio usava o nome de um amigo médico para atuar no País.

Aluísio foi descoberto após se envolver em uma briga com o pai de um bebê de um ano e oito meses, que havia atendido pela manhã do dia 4. Durante as investigações, também foi verificado que o suposto médico exerceu a profissão em hospitais municipais de Alto Paraíso de Goiás, por 4 meses; de Colinas, por 2 meses; e de Águas Lindas.

Após o caso parar na delegacia, foi revelado que o falso médico cobria os plantões de profissionais de fato contratados pelo município a pedido dos próprios, quando queriam folgar. E isso era de conhecimento do hospital. O diretor-técnico da unidade, Cícero Martins Pimentel, se referiu a ele como um “freelancer”.

“O médico era plantonista no hospital e atendia os pacientes há cerca de três meses. Era profissional liberal”, disse Cícero. Porém, ele garante que não sabia do uso da identidade falsa.

Segundo a Polícia Militar, o médico atuava como clínico geral no hospital da cidade, usando o nome de um amigo, Deybson Augusto, para realizar os atendimentos e assinar as receitas. O tenente da PM Augusto de Alencar diz que a equipe foi até o local após o pai do bebê acionar a corporação e verificou que a documentação não estava de acordo com o nome que o médico utilizava.

“Os policiais verificaram o documento pessoal e perceberam que o nome que ele utilizava não era o que estava na CNH (Carteira Nacional de Habilitação). Ele atendia por doutor Deybson Augusto e na CNH estava Aluísio Santos”, afirma.

A secretária municipal de saúde da cidade, Andréia Abbes, diz que aguarda esclarecimentos do caso e não quis se pronunciar. “O médico não era da prefeitura. Assim que tivermos uma posição, emitiremos uma nota de esclarecimento”, afirma. Ela foi questionada sobre como um profissional não contratado e não verificado poderia atuar na unidade municipal, mas novamente respondeu que não falaria.

O caso foi descoberto quando o pai resolveu levar o filho, que estava com febre e dificuldade para se alimentar, ao hospital. O homem contou aos policiais que o suposto médico receitou alguns medicamentos sem examinar a criança. Com a receita em mãos, ele foi até a farmácia comprar os remédios quando o farmacêutico disse que uma das indicações poderia piorar o estado de saúde do menino. Diante da informação, o pai voltou até o hospital e foi perguntar o suposto médico sobre o receituário. Aluísio ficou irritado e não deu explicações.

O tenente ainda relata que o médico, ao ser questionado sobre o nome, disse que era formado em Medicina em uma faculdade da Bolívia e não tinha feito o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida), do Ministério da Educação, para exercer a profissão legalmente no Brasil. Por isso, resolveu usar o nome de outro profissional para atuar. Após o flagrante foi conduzido para a delegacia.

A delegada Bárbara Buttini, da Polícia Civil de Alto Paraíso de Goiás, diz que Aluísio não tinha o Revalida e por isso foi autuado por exercício ilegal da medicina. Bárbara ainda conta que será marcada audiência prévia para procedimento simplificado. Ele assinou um termo circunstanciado de ocorrência (TCO) e responderá em liberdade.

O que é Revalida

O exame tem o objetivo de verificar conhecimentos, habilidades e competências requeridas para o exercício profissional adequado aos princípios e necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS), em nível equivalente ao exigido dos médicos formados no país. Após realizar o exame, o médico é registrado no Conselho Regional de Medicina (CRM) e poderá exercer a profissão de medicina. O Revalida foi criado em 2011 em parceria dos ministérios da Educação e da Saúde. (Joyce Vilela Merhi é estagiária do convênio GJC/PUC-GO).

Fonte: Jornal O Popular



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