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Fazendeiro suspeito de mandar matar advogados dentro de escritório em Goiânia fica em silêncio durante interrogatório

Fazendeiro Nei Castelli é preso suspeito de mandar matar advogados em Goiânia, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

O fazendeiro Nei Castelli, de 58 anos, suspeito de mandar matar dois advogados dentro do escritório em Goiânia, ficou em silêncio durante interrogatório na Delegacia de Homicídios, nesta quinta-feira (19), segundo o delegado responsável pela investigação, Rhaniel Almeida.

O advogado de defesa do fazendeiro, Carlos Humberto Fauaze, informou ao G1 que o cliente foi orientado a ficar em silêncio e que entrou nesta quinta-feira com um habeas corpus na Justiça de Goiás pedindo a soltura de Nei Castelli.

A polícia realizou a prisão do fazendeiro na terça-feira (17), em um posto de combustível na BR-050, em Catalão, no sudoeste de Goiás. Ele foi o último suspeito de envolvimento no crime preso pela polícia.

crime contra os advogados Marcus Aprígio e Frank Carvalhaes aconteceu em 28 de outubro, por volta de 14h30. De acordo com a Polícia Civil, dois homens agendaram horário com os advogados. Ao chegarem ao escritório, no Setor Aeroporto, eles entraram e esperaram. Ainda conforme o relato, a secretária os levou até a sala dos advogados, momento em que os criminosos colocaram as vítimas de costas e disparam.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, o motivo do crime seria disputa por terras em São Domingos, no nordeste de Goiás. Os advogados mortos teriam trabalhado em processos judiciais contra familiares do fazendeiro.

Os cinco suspeitos de envolvimento na morte são:

  • Pedro Henrique Martins: suspeito de ter matado os advogados. Ele foi preso em Porto Nacional (TO), no último 30 de outubro;

  • Jaberson Gomes: suspeito de marcar horário com os advogados e acompanhar Pedro Henrique no dia do crime. Ele foi morto em confronto com a PM de Tocantins em 30 de outubro;

  • Hélica Ribeiro Gomes: namorada de Pedro Henrique, presa em 9 de novembro, Porto Nacional (TO);

  • Cosme Lompa Tavares: suspeito de ser o intermediário das mortes, preso em 9 de novembro em Palmas (TO);

  • Nei Castelli: fazendeiro suspeito de ser o mandante do crime. Ele foi preso em 17 de novembro, em Catalão.

Pagamento aos executores

Com a prisão de Nei Castelli, a Polícia Civil divulgou os valores que os supostos executores do crime receberiam em duas situações diferentes.

Caso os suspeitos não fossem presos depois dos homicídios, receberiam R$ 100 mil, e se fossem encontrados e capturados pela polícia, o valor subiria para R$ 500 mil.

Documento obtido com exclusividade pela TV Anhanguera mostra o passo a passo da investigação. Um trecho da decisão que autorizou a Polícia Civil realizar a prisão temporária de duas pessoas diz que uma denúncia anônima relatou que Hélica Ribeiro Gomes já sabia que os advogados seriam mortos em Goiânia.

Hélica é namorada de Pedro Henrique Martins, preso na casa dela em Porto Nacional (TO), no dia 30 de outubro. A mulher foi presa dias depois e em depoimento contou que as mortes foram encomendadas por Cosme Lompa Tavares, de 33 anos. Por esta razão, a polícia pediu a prisão de Cosme.

Investigação

Pedro Henrique Martins é apontado na investigação como a pessoa que atirou contra os advogados. Foram três tiros em uma vítima e um em outra. Segundo o delegado Rhaniel Almeida, ele é um dos maiores matadores de aluguel do Tocantins.

De acordo com a Polícia Civil, Jaberson Gomes é o outro suspeito que acompanhou Pedro Henrique no dia da execução. Ele morreu em confronto com a Polícia Militar do Tocantins, em 30 de outubro. Gomes foi a pessoa que ligou, agendou e monitorou a rotina dos advogados em Goiânia.

A Polícia Civil suspeita que Marcus Aprígio e Frank Carvalhaes foram mortos por trabalharem em um processo judicial por disputa da posse de uma fazenda avaliada em R$ 46 milhões, em São Domingos, no nordeste de Goiás. Os advogados ganharam a posse do imóvel para seus clientes, e derrotaram a família de Nei Castelli, segundo a polícia.

Crime planejado

Segundo o delegado Rhaniel Almeida, o crime foi planejado e a dupla viajou mais de 1 mil km de Tocantins para Goiânia. Pedro Henrique e Jaberson Gomes chegaram à capital no dia 24 de outubro e se hospedaram em um hotel no Centro da capital até o dia 28, data em que os advogados foram assassinados. O delegado diz que os dois estudaram a rotina das vítimas antes do crime.

Segundo o depoimento de uma funcionária do escritório, um homem marcou horário com um dos advogados dias antes. No dia do crime, um rapaz se identificou com o mesmo nome da pessoa que fez a ligação anteriormente foi até o escritório acompanhado de um colega. Eles esperaram para serem atendidos.

De acordo com Rhaniel, poucas horas após o crime, a dupla fugiu para Anápolis, onde embarcou em um ônibus com destino a Palmas, no Tocantins, mas desceu em Porto Nacional.

Fonte: G1 Goiás

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