A fuga de dois criminosos em Anápolis na madrugada de ontem levantou a suspeita de facilitação por parte de algum servidor. A Diretoria-Geral de Administração Penitenciária de Goiás (DGAP) informou que afastou o chefe de equipe responsável pela segurança e instaurou procedimento administrativo para a apuração das responsabilidades e das circunstâncias do fato ocorrido.

Sem se identificar, um servidor afirmou acreditar que o fato se trata de facilitação porque numa situação de fuga, outros presos também teriam se aproveitado das circunstâncias para sair do local também. “Outra coisa é que não estão comentando nada sobre o assunto. Geralmente esses casos causam repercussão entre os servidores e dessa vez, ninguém quer se posicionar”, disse.

Inicialmente, as informações de servidores descreviam que a falta dos dois presos só foi percebida no final da manhã de ontem, após cerca de doze horas depois de eles terem fugido do local. Mas a DGAP se limitou a dizer em nota que as forças policiais já estão em busca para a recaptura dos custodiados Ariel Pedroso da Silva e Emerson Cardoso de Alcântara.

Os dois seriam ligados a facções criminosas, o que ainda não é confirmado pela DGAP. Na ficha criminal de Ariel Pedroso constam crimes de tráfico de drogas, porte ilegal de armas de fogo e associação criminosa. Por estes crimes, Ariel foi condenado a 10 anos e 4 meses de prisão, sendo que ele iniciou o cumprimento da pena em 2016, no presídio de Anápolis, o mesmo de onde fugiu ontem.

Ariel já teria fugido do local uma vez e foi preso em dezembro de 2017, quando foi abordado em uma Fiat Strada carregada com droga. Ele estava na companhia de Roberto Augusto Rodrigues quando foram parados pela Polícia Rodoviária Federal na BR-070, em Jaraguá. Eles abandonaram o carro e fugiram a pé pela mata, deixando 94 tabletes de pasta base de cocaína que estavam avaliados em R$ 2 milhões.

Ariel e Roberto foram alvos de um resgate no presídio de Jaraguá cerca de dez dias depois. As imagens da ação criminosa foram registradas pelas câmeras de segurança da unidade. Além dos dois, outros 28 detentos também fugiram. Ariel foi preso novamente em setembro deste ano durante fase da operação Tártaro, da Polícia Civil. Desde então, ele estava na cadeia de Anápolis novamente.

Já Emerson Cardoso de Alcântara é preso provisório desde 15 de outubro de 2018 por crime de tráfico de drogas.

Fonte: O Popular