Hospital Célia Câmara tinha apenas 2 vagas de UTI para pacientes com coronavírus disponíveis no final da manhã deste domingo, 7 de março de 2021 (Foto: Divulgação/SMS de Goiânia)
Hospital Célia Câmara tinha apenas 2 vagas de UTI para pacientes com coronavírus disponíveis no final da manhã deste domingo, 7 de março de 2021 (Foto: Divulgação/SMS de Goiânia).

A rede municipal de Saúde de Goiânia nunca esteve com tantos pacientes graves internados com coronavírus. No último sábado (6), o total de hospitalizados em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) chegou a 234. O máximo de internados nessa condição na primeira onda da pandemia foi 168, em agosto do ano passado. Na semana entre 25 de fevereiro e 3 março de 2021, a quantidade de pessoas com Covid-19 internados em UTI na capital saltou de 185 para 221, um aumento de 26%.

Isso acontece mesmo depois da Prefeitura de Goiânia abrir e contratar mais leitos de UTI para Covid-19 que em 2020. Na primeira onda chegou-se a ter o total de 238 vagas desse tipo. Atualmente são 254. Por volta do meio-dia de sábado, a ocupação de UTI para pacientes com coronavírus na rede municipal chegou a 99,5%, restando apenas uma vaga disponível. Outras 19 estavam bloqueadas por questões técnicas, como a hemodiálise.

No final da manhã deste domingo (7), a ocupação dos leitos de UTI Covid-19 da rede municipal para pacientes coronavírus era de 98,7%, com 3 vagas disponíveis. Estavam lotados hospitais como a Santa Casa de Misericórdia e o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG).

De acordo com o boletim integrado do Ministério Público de Goiás (MP-GO), há 74 novas vagas de UTI para pacientes com coronavírus em fase de implantação no Hospital Gastro Salustiano e no Hospital e Maternidade Célia Câmara.

Em relação aos leitos de enfermaria Covid-19 na rede municipal da capital, a ocupação no final da manhã deste domingo era de 96,3%, com 7 vagas disponíveis.

Contratações

Na corrida para abrir mais leitos, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da capital vai contratar 560 profissionais de saúde. São vagas de profissionais como médicos, nutricionistas, enfermeiros, biomédicos e fisioterapeutas. A documentação dos profissionais que desejam ocupar essas vagas deve ser entregue na Gerência de Contratos e Convênios, no Paço Municipal. O início do trabalho é imediato.

A previsão é a abertura de 100 leitos no novo prédio do Hospital das Clínicas (HC) da Universidade Federal de Goiás (UFG), no Setor Universitário. Serão 50 de UTI e outros 50 de enfermaria, todos exclusivos para pacientes com a Covid-19. Quando anunciou a abertura de mais vagas, no último dia 3, o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) alertou que aumentar a rede de Saúde não é suficiente para conter a pandemia.

“É necessário ressaltar a todos os moradores de Goiânia que somente a abertura de novos leitos de UTIs não resolverá o problema da pandemia na cidade. (…). Nunca é tarde lembrar que essa segunda onda está muito forte e temos que nos cuidar sempre quanto ao uso de máscaras, lavar frequentemente as mãos, usar o álcool em gel, além de respeitar o distanciamento social e somente sair de casa se for mesmo necessário”, declarou o prefeito, segundo notícia de sua assessoria.

Fonte: Jornal O Popular