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UNIÃO GOIANA DOS POLICIAIS CIVIS

Jovem é presa suspeita de forjar o próprio sequestro e até tortura para obter dinheiro da família

Uma vendedora de 26 anos foi presa suspeita de forjar o próprio sequestro para tentar conseguir dinheiro da família, em Goiás. De acordo com a Polícia Civil, os falsos criminosos chegaram a gravar vídeos onde simulavam agredir, afogar e até torturar a mulher. Nas imagens, eles também fizeram ameaças de morte e pediam o pagamento de resgate para deixar o plano mais realista.

Em um dos vídeos, a mulher aparece sentada no chão com os pés e mãos amarrados e marcas vermelhas nas coxas. Em seguida, eles dão tapas no rosto dela e falam que, se não fosse depositado R$ 3 mil, iriam matá-la.

O delegado Carlos Levergger disse que a família da mulher procurou o 5º Distrito Policial de Aparecida de Goiânia na manhã de quarta-feira (22), logo após receber as imagens de um número privado. “Paramos tudo que estávamos fazendo e demos prioridade ao caso, pois tratava-se de um sequestro, com risco de vida. Eles ameaçavam matá-la”, disse ao G1.

Levergger afirmou que começou a investigar o caso e obteve informações de que a mulher estaria em Guapó, a 45 km de Aparecida de Goiânia. Lá, passou a contar com o apoio do delegado da cidade, Arthur Fleury.

No entanto, antes que fosse encontrada, os policiais souberam que a mulher havia sido liberada do sequestro. Quando ela foi à delegacia, apesar de os vídeos parecerem reais, os agentes desconfiaram. Momentos depois, a vendedora acabou confessando que armou tudo.

“Os vídeos e o depoimento dela tinham algumas informações suspeitas, como alguns golpes e o valor baixo do resgate, o que não é comum. Ela também já tinha passagem por furto. Quando a interrogamos, ela admitiu que estava tentando induzir a família ao erro para depositar dinheiro que ela sacaria porque estava com dívidas”, afirmou.

A polícia diz que já identificou e está à procura dos dois suspeitos de participarem do falso sequestro. A mulher foi autuada por extorsão e pode pegar uma pena de até dez anos de prisão.

Os nomes da vendedora e dos rapazes que aparecem na gravação não foram divulgados pela polícia, impossibilitando que a reportagem conseguisse localizar a defesa deles.

Foto: Reprodução

Fonte: G1 Goiás



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