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Maguito Vilela morre aos 71 anos em São Paulo

Maguito Vilela. Foto: Weimer Carvalho

O prefeito licenciado de Goiânia Maguito Vilela (MDB), 71 anos, morreu às 4h10 desta quarta-feira (13), após mais de dois mês internado na UTI do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo (SP).

Internado desde o dia 22 de outubro para tratar da Covid-19, Maguito lutava contra uma infecção pulmonar diagnosticada na semana passada. A família está providenciando o traslado do corpo de São Paulo para Goiás e ele deve ser sepultado em Jataí, sua terra natal.

De acordo com nota do Hospital Israelita Albert Einstein, assinada pelos médicos Marcelo Rabahi, Carmen Barbas e Miguel Cendoroglo, Maguito faleceu às 4h10 desta quarta-feira.

Luís Alberto Maguito Vilela nasceu em Jataí, era advogado, foi vereador na cidade, deputado estadual, deputado federal, vice-governador, governador, senador, vice-presidente do Banco do Brasil, prefeito de Aparecida de Goiânia por dois mandatos e venceu a eleição para a Prefeitura de Goiânia em 2020.

Maguito deixa a mulher, Flávia Teles, filhos e netos.

Relembre a trajetória de Maguito Vilela

Luiz Alberto Maguito Vilela, o Maguito, costumeiramente lembrado por ter sido governador de Goiás e prefeito de Aparecida de Goiânia, é filho de Joaquim Morais Vilela e de Nazime Martins Vilela e foi criado em uma família de sete filhos. Nasceu no dia 24 de janeiro de 1949 na Fazenda Mateiro, em Jataí. Maguito Vilela (MDB), 71 anos, morreu na madrugada desta quarta-feira (13), após mais de dois mês internado na UTI do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo (SP).

Aos 17 anos, arriscou-se na carreira de jogador de futebol. Chegou a ser jogador profissional pelo time de sua cidade, o Jataiense. Foi nessa carreira que passou de “Luiz Alberto” para “Maguito Vilela”. “Eu era muito magrinho, e a torcida pedia que eu entrasse em campo. Às vezes eu ficava na reserva do time, que era um clube adulto, e a torcida pedia ‘magrinho, magrin, maguin’, e deu Maguito”, contou em documentário sobre sua trajetória, produzido pela jornalista Ana Paula Moreira e lançado em 2017.

Aos 25, formou-se em direito na Faculdade de Direito de Anápolis. Dois anos depois, em 1976, entrou para a política, elegendo-se vereador de Jataí pelo partido Aliança Renovadora Nacional (Arena). Em seu programa eleitoral para prefeito de Goiânia, na atual campanha de 2020, ele lembrava o que o motivou a se candidatar pela primeira vez. “Eu abri meu escritório de advocacia e a população chamou atenção ‘olha, você é um bom orador, você podia entrar na política’.”

Em 1977, tomou posse para esse primeiro mandato no Legislativo municipal, exercido por seis anos. Chegou a ocupar a cadeira de presidente da Câmara Municipal de Jataí durante essa legislatura.

Em 1979, da Arena, partido apoiador da ditadura militar, Maguito passou para o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), que atuava na oposição ao regime. Em 1982, foi eleito, pela primeira vez, deputado estadual de Goiás, com posse no ano seguinte.

DEPUTADO

Na Assembleia Legislativa, foi de vice-líder do PMDB a líder do Governo na Casa. Na época, o prefeito Iris Rezende, seu correligionário, era, pela primeira vez, governador do Estado. No documentário sobre a vida de Maguito, o decano fala sobre a caminhada dos dois. Foi esse trecho, inclusive, que o emedebista utilizou no primeiro programa de TV da campanha para prefeito de Goiânia neste ano.

“Grande parte da minha caminhada política se entrelaçou com a caminhada política de Maguito Vilela. (…) Eu não tive dificuldade em enxergar nele, um potencial político importante. O convidei para ser meu líder na Assembleia Legislativa”, conta Iris no vídeo.

CONSTITUINTE

Findo o mandato de deputado estadual, Maguito foi eleito deputado federal constituinte por Goiás em 1986. Nessa época, o Brasil começava a viver o período de redemocratização. Em 1987, o emedebista assumiu cadeira na Assembleia Nacional Constituinte (ANC) e integrou-se, como titular, à Subcomissão dos Direitos e Garantias Individuais, da Comissão da Soberania e dos Direitos e Garantias do Homem e da Mulher, e, como suplente, à Subcomissão de Garantia da Constituição, Reformas e Emendas, da Comissão da Organização Eleitoral, Partidária e Garantia das Instituições.

O cientista político Silvio Costa, no documentário, conta que Maguito, na época da Constituinte, se somou às propostas “mais progressistas e mais avançadas naquele momento”. Na época, ele votou contra a pena de morte, a jornada semanal de 40 horas, a pluralidade sindical, o presidencialismo, a anistia aos micro e pequenos empresários e a desapropriação da propriedade produtiva.

Seus votos foram favoráveis a limitação do direito de propriedade privada,  mandado de segurança coletivo, proteção ao emprego contra demissões sem justa causa, turno ininterrupto de seis horas, aviso prévio proporcional, unicidade sindical. Além de ter sido favorável ao voto aos 16 anos, à soberania popular e nacionalização do subsolo.

Na economia, defendeu a estatização do sistema financeiro, limite de 12% ao ano para os juros reais, proibição do comércio de sangue, limitação dos encargos da dívida externa e criação de um fundo de apoio à reforma agrária. Outras propostas que tiveram seu voto favorável foram a legalização do jogo do bicho e o mandato de cinco anos para o então presidente José Sarney. Maguito, porém, não participou das votações sobre o rompimento de relações diplomáticas com países de orientação política racista e a criminalização do aborto.

GOVERNO

Em 1990, foi eleito vice-governador de Goiás na chapa encabeçada por Iris. Em 1994, saiu candidato a governador, com apoio do correligionário, e elegeu-se no segundo turno, disputado com Lucia Vânia, com 1.013.025 votos. No vídeo sobre sua trajetória, ele fala sobre o mandato exercido por ele à frente do Estado de 1995 a 1998.

“Naquela época a infraestrutura ainda era pequena, nós asfaltamos muitas rodovias, construímos ginásios de esporte no interior, implantamos um programa de luz no campo, que levou energia a 90% das propriedades rurais daquela época.” Ele também criou, em sua gestão, o Programa de Apoio às Famílias Carentes, que consistia na distribuição de cestas básicas para famílias que recebiam até um salário mínimo.

Ainda em 1995, foi um dos que criticaram a saída de integrantes do PMDB para o PSDB e outras siglas. Ele qualificou o movimento como oportunista e antiético. Chegou inclusive a defender que Iris, na época senador, assumisse a presidência nacional do partido para apaziguar as divergências internas.

Também sofreu desgastes naquela administração. Um deles foi quando declarou a intenção de demitir cerca de 45% do funcionalismo goiano. Acabou enfrentando processos judiciais por se recusar a pagar os vencimentos atrasados das pensões vitalícias de ex-governadores de Goiás, considerando-as regalias imorais e injustas.

Outro momento difícil de sua gestão foi quando precisou enfrentar uma rebelião no Centro Penitenciário Agroindustrial de Goiás. Em abril de 1996, os presos mantinham entre os reféns o presidente do Tribunal de Justiça goiano, o desembargador Homero Sabino. Em 1997, porém, acabou sendo eleito, em pesquisa do Datafolha, o governador mais popular do país.

OUTROS MANDATOS

Em 1998, sua reeleição era tida como certa, mas ele saiu candidato ao Senado. Nessa época o candidato do PMDB foi Iris, que acabou perdendo para Marconi Perillo (PSDB). Maguito chegou a disputar a cadeira de governador em 2002, perdendo para o tucano, e 2006, quando foi eleito o médico e vice-governador de Marconi, Alcides Rodrigues (PP).

Em 2007, foi nomeado vice-presidente do Banco do Brasil e em 2008, foi eleito prefeito de Aparecida de Goiânia no primeiro turno, com 81,8% dos votos, cargo para o qual foi reeleito em 2012. O atual prefeito é Gustavo Mendanha (MDB), sucessor de Maguito, foi eleito em 2016 e acaba de conquistar a reeleição com recorde de votos.

Fora da política, Maguito já foi dirigente do Vila Nova Futebol Clube e vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol. Atualmente, era casado com Flávia Teles. Pai de dois filhos, Vanessa e Daniel Vilela, que hoje é presidente estadual do MDB, também foi casado com Sandra Regina Carvalho Vilela e Carmen Sílvia.

Fonte: Jornal O Popular

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