Com o objetivo de apurar fraudes em licitações da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), a Polícia Civil, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (10), a 3ª fase da Operação Mákara. Os alvos incluem atuais e ex-servidores públicos da secretaria, além de empresários da construção civil.

De acordo com a PC, as investigações apontam que as licitações fraudulentas ocorrem há pelo menos oito anos com combinação de resultado e pagamento de propinas. Nesta manhã, sete mandados de busca e apreensão já foram cumpridos em Goiânia, em residências de empresários onde foram apreendidos computadores, celulares, pen drives e documentos que, segundo a polícia, reforçam os indícios da prática dos crimes investigados.

Em nota, a Seduc ressaltou que tem colaborado e prestado todo o apoio necessário à Polícia Civil de Goiás em relação à Operação Mákara. A pasta reforçou ainda que tem total interesse na apuração dos fatos e na punição de todos os envolvidos, caso fique comprovado esse envolvimento.

Primeira fase

A primeira fase da operação foi realizada em 22 de maio deste ano. Na ocasião, a PC encontrou R$ 80 mil em espécie na residência do superintendente de infraestrutura da Seduc. No local também foram apreendidos dólares em espécie e cheques da proprietária de uma das construtoras investigadas.

Além disso, foram cumpridos 10 mandados em Goiânia e Aparecida de Goiânia e os alvos incluíram um assessor e um fiscal de obras da superintedência de infraestrutura, além de empresas do ramo da construção civil contratadas para realização de obras públicas realizadas em Goiânia. A operação apurou que houve emissão de notas fiscais falsificadas para burlar o pagamento do tributo do Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN) por empresas constituídas em nome de “laranjas”.

Fase 2

A segunda fase da Operação Mákara ocorreu em 7 de junho, com 17 mandados de busca e apreensão em Aparecida de Goiânia e em São Luiz dos Montes Belos. Entre os alvos, estava o gerente de Fiscalização da Seduc e o ex-superintendente de Infraestrutura. De acordo com a Polícia Civil, a investigação era no sentido de apurar se houve fraude no contrato entre a secretaria e as empresas, para a construção de escolas públicas.

Foto: PCGO

Fonte: https://www.opopular.com.br/noticias/cidades/opera%C3%A7%C3%A3o-da-pol%C3%ADcia-civil-apura-fraudes-em-licita%C3%A7%C3%B5es-da-secretaria-de-educa%C3%A7%C3%A3o-de-goi%C3%A1s-1.1839208