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UNIÃO GOIANA DOS POLICIAIS CIVIS

POLÍCIA CIVIL INDICIA VIZINHO PELA MORTE DO MENINO DANILO DE SOUSA E INOCENTA PADRASTO DA CRIANÇA

A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH), apresentou na tarde desta segunda-feira (10/08), o resultado do inquérito policial sobre a morte do menino Danilo de Sousa Silva, de 7 anos. As investigações comprovaram que o servente de pedreiro e vizinho da criança, Hian Alves de Oliveira, de 18 anos, teria sido o autor do crime. Ele foi indiciado neste domingo (09/08) por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.

Já o padrasto da vítima, Reginaldo Lima Santos, de 33 anos, que também era suspeito do assassinato, foi considerado inocente. Os dois estão presos desde o dia 31 de julho. Segundo o delegado Ernane Cazer, a versão inicial, apresentada pelo servente de pedreiro, de que o crime teria sido praticado pelo padrasto do menino e de que ele teria apenas auxiliado em troca de uma moto e um carro, levantou suspeitas no decorrer das investigações.

A versão apresentada por Hian, de acordo com o delegado, se tornou ainda mais frágil quando ele informou aos policiais o local onde estava escondida a vara usada no crime. “Nos causou muita estranheza essa informação. Após localizar a vara e ter outra conversa com ele, o suspeito mudou a versão. Ele afirmou que o Reginaldo não havia participado do crime, inflingiu a si todos os atos de execução. Ele motivou a lesão produzida na nádega da vítima.”, pontuou.

Ainda segundo o delegado, Hian Oliveira, que era vizinho da família, conseguiu levar o menino para a mata usando como atrativo uma pipa, que havia acabado de cair no meio das árvores. “O motivo que ele deu para atrair a criança foi corroborado pelo laudo de exame no local de morte violenta. Realmente essa pipa foi localizada momento depois pela Polícia Técnico Científica próximo ao cadáver da criança. Então a investigação teve uma mudança de versão, mas algo que foi corroborado por novos elementos, que geraram o nosso convencimento da participação exclusiva do Hian no cometimento deste homicídio”, relatou.

As investigações apontaram ainda que o crime teria sido motivado por ciúmes do servente de pedreiro, que não gostava da relação do seu pai adotivo, um pastor conhecido na região, com o padrasto do menino Danilo. O pastor, segundo o delegado Rilmo Braga, titular da DIH, chegou a ajudar a família da criança com cesta básica e dinheiro, situação que incomodava Hian. “Ele teria um sentimento de revolta em desfavor do padrasto. Ele sentia ciúmes do seu pai adotivo, o pastor, porque presenciou alguns afagos, inclusive financeiros para família de Danilo. Para se vingar do Reginaldo, tendo certeza que ele seria apontado como autor desse homicídio, ele decidiu cometer o crime”, explicou o delegado.

O servente de pedreiro, de acordo com o delegado, chegou a planejar o crime por cinco dias, inclusive, observando toda a rotina da família e como faria para que a responsabilidade do crime recaísse sobre o padrasto. O titular da DIH disse não ter dúvidas que a criança morreu afogada na lama. “Houve um golpe com a vara na região das nádegas. Ele relatou que após sufocamento, ele teria usado a vara para verificar se o menino estaria morto. Está descartado a suspeita de crime sexual”, destacou.

A Polícia Civil informou que o Ministério Público do Estado deve pedir a soltura do padrasto. Como a prisão preventiva foi decretada pela Justiça, a revogação deve ser feita pelo próprio poder judiciário. Ainda de acordo com o delegado Rilmo Braga, mesmo tendo a possibilidade de Reginaldo ser inocente, a polícia optou por deixá-lo preso para assegurar sua integridade física. “Nós sempre levamos isso em consideração, porque sabendo da barbaridade desse crime, se colocássemos esse indivíduo nas ruas, muito provavelmente ele seria morto. Algo que seria lamentável e que prejudicaria as investigações”, destacou.

O inquérito policial, que foi realizado em 10 dias, foi encaminhado ao Judiciário neste domingo. Com isso, foi dissolvida a força tarefa montada dentro da delegacia, com cerca de 30 policiais, para solucionar o caso.

Crime

Danilo de Sousa Silva, de 7 anos, sumiu no último dia 21 de julho ao sair para ir à casa da avó, no Parque Santa Rita, em Goiânia. Buscas foram realizadas pelas de equipes do Corpo de Bombeiros Militar. Seis dias depois, o corpo do menino foi encontrado já em estado de decomposição, em um lamaçal a cerca de 100 metros da residência dele, em uma área de mata fechada. O Instituto Médico Legal (IML) emitiu um laudo apontando que o garoto havia sido morto por asfixia em lama.

Na última quinta-feira (06/08), uma reconstituição simulada do caso foi realizada. Contudo, o servente de pedreiro preferiu não participar após o advogado dele apresentar uma decisão liminar sobre o caso. Durante as investigações, o trabalho da Polícia Técnico Científica foi fundamental, como apontou o perito criminal, Hugo Lincoln. “Foram realizados 10 laudos periciais, três idas até o local do crime, para o colhimento de vestígios. Tudo isso no momento da reprodução simulada, veio a se somar e convergir com os depoimentos que foram prestados pelo suspeito Hian. Então é um trabalho extenso, peças de um quebra cabeça que vão sendo moldadas”, pontuou.

Por meio das redes sociais, o governador Ronaldo Caiado pediu rigidez no julgamento do caso e afirmou que crimes como esse não ficarão impunes no estado. “Quero parabenizar a nossa Polícia Civil pela solução do crime brutal que tirou a vida do pequeno Danilo. Episódio triste em nosso Estado, mas que não ficou impune. A dor da mãe e dos familiares permanece, mas a impunidade não terá vez. Que Deus conforte os familiares pela perda do amado Danilo. E que a justiça seja dura contra quem cometeu esse assassinato”, destacou.

Fonte/foto: Comunicação Setorial
Secretaria de Segurança Pública

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Nascida de um ideal de aproximação da família policial, revivida de esforços coletivos e abnegada dedicação, criou-se a Associação da Polícia Civil…

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