Fundada em 06 de Janeiro de 1978

UGOPOCI

UNIÃO GOIANA DOS POLICIAIS CIVIS

Polícia investiga tentativa de subtração de cadáver em Goiânia

Foto: Diomício Gomes/O Popular

A tentativa de subtração de de um cadáver da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Itaipu, em Goiânia, será investigada pela Polícia Civil. Delegado adjunto na Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH), Carlos Alfama iniciou a apuração, mas afirma que os levantamentos iniciais descartam morte violenta e, por isso, recomendará que o distrito da região siga com a apuração. Ainda não existem suspeitos ou possíveis motivações para a retirada do corpo do necrotério e tentativa de jogá-lo pelo muro.

Alfama detalha que esteve em diligências durante esta segunda-feira (22), tanto na UPA quanto na clínica onde José Guedes estava internado para se tratar da dependência do álcool, e que não foram constatadas situações que levassem a justificar uma investigação pela especializada em homicídios. “Não há elementos de morte violenta. Ele chegou consciente depois de ter passado mal, passou por manobras, mas não reagiu. Foi, então, declarada a morte natural. Desta forma, a delegacia da região deverá seguir com a apuração”, explica.

A investigação deverá ser realizada para identificar quem retirou o corpo de Guedes do necrotério. Isso porque, depois de constatada a morte, o corpo do idoso foi levado para a sala que fica nos fundos da UPA e deixado lá para que fosse levado pela funerária. Mas, antes que isso acontecesse, alguém entrou no local e levou a maca até a porta. Ainda não é possível confirmar como o autor ou autores agiram, mas há indícios de que tentaram jogar o corpo por cima do muro, mas não conseguiram.

Também não é sabido o motivo da pessoa que tentou subtrair o corpo ter desistido do crime, percebido por volta de 2 horas. Guedes tinha cerca de 60 quilos e só foi encontrado nos fundos do lote da UPA, perto do muro, depois que deram falta no necrotério. O delegado adianta que os ferimentos identificados no corpo têm sinais que apontam que foram causados depois da morte. “O que percebemos é que não foi planejado, que o autor certamente agiu sem qualquer estudo ou orientação”, diz o delegado.

Durante as diligências, o delegado conversou com pessoas que faziam tratamento contra a dependência de álcool com Guedes. “Não houve relato de agressões e maus tratos, nem de falhas em alimentação ou atendimento por parte da clínica. Além disso, nos relatos de atendimento da unidade de saúde, também foi informado que o idoso não apresentava lesões antigas ou recentes. Como ele passou mal e foi encaminhado para a unidade de saúde ainda consciente e recebeu o atendimento, não foi identificado crime nessas situações.”

Uma das filhas de Guedes, Paula Cristina Guedes de Melo disse que espera que a investigação esclareça a situação. Ela conta que esta era a terceira vez que o pai se internava na mesma clínica na tentativa de se livrar do álcool. “No geral, ele era uma boa pessoa, foi um bom pai. Mas, recentemente, estava dependente da bebida, mas sempre causou mal apenas a si próprio. Essa história toda nos deixou muito abalados. Precisamos saber e entender o que aconteceu entre domingo e segunda”, afirma.

Ela e a irmã Rosângela de Melo Vieira contam que foram avisadas pouco depois da meia-noite sobre o mal súbito do pai. Elas foram para a unidade de saúde junto do irmão Cleidmar Guedes, mas, assim que chegaram, foram informados sobre a morte do pai. O sumiço do corpo foi percebido nesse momento, mas ninguém soube explicar para a família o que havia ocorrido. “Queremos saber o que aconteceu, porque ele foi socorrido em uma unidade de saúde tão distante, quem tentou retirar o corpo do necrotério. São perguntas que esperamos pelas respostas”, destaca Paula Cristina.

Polícia Militar achou o corpo

Assim que foi constatado o sumiço do corpo de José Guedes de Melo do necrotério da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Itaipu, em Goiânia, a Polícia Militar foi acionada. Os policiais realizaram buscas na região e encontraram o corpo dentro da unidade, próximo ao muro. A perícia foi acionada para coletar evidências no local, assim como o Instituto Médico Legal (IML), para confirmação da causa da morte.

Outros familiares de Guedes foram para o local assim que informados do ocorrido e muitas versões foram apresentadas. “Inicialmente, nos disseram que, ainda na clínica, ele havia se sentido muito mal, com dores. Disseram que ele chegou a cair no chão, mas que chegou vivo na UPA. Mas outras pessoas já nos disseram que ele chegou morto”, diz Paula Guedes.

O idoso foi levado para a UPA por funcionários da clínica, que fica em Abadia de Goiás. As filhas relatam que ficam tristes porque ele receberia alta em janeiro. “Nosso irmão esteve com ele no dia 7. Ele nunca reclamou de nada.”

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou em nota que José Guedes deu entrada na unidade por volta das 22h30 de domingo (21) levado por funcionários da clínica. De acordo com o comunicado, Guedes chegou à unidade em parada cardíaca e por uma hora a equipe médica tentou, sem sucesso, reanimá-lo. A morte foi confirmada às 23h52 e o Serviço de Investigação de Óbitos de Goiânia foi acionado. No entanto, de acordo com a nota, aproximadamente uma hora depois, os servidores da UPA descobriram que o corpo não estava mais no necrotério e a Polícia Militar (PM) foi chamada. A SMS informou ainda que uma equipe técnica irá apurar o que aconteceu.

Fonte: O Popular

A UGOPOCI

Nascida de um ideal de aproximação da família policial, revivida de esforços coletivos e abnegada dedicação, criou-se a Associação da Polícia Civil…

A UGOPOCI
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Ut elit tellus, luctus nec ullamcorper mattis, pulvinar dapibus leo.

Nossos contatos
(62) 3225-4215
(62) 3225-4216
ugopoci@yahoo.com.br
End: Rua 66, nº 138, Centro – Goiânia – GO

2022 – UGOPOCI – CNPJ: 02.627.974/0001-25 – Todos os direitos reservados.

Desenvolvido por Prime Tecnologias