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Policial morto em Aparecida de Goiânia sempre sonhou em entrar para a PM

Apelidado de “Montanha” devido à baixa estatura, o amor de Walisson Miranda Costa, de 28 anos, pela farda é a primeira característica que vem a mente daqueles que o cercam quando falam do soldado da Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO). “Minha mãe sempre diz: ‘Ele é pequeno em tamanho, mas em bondade é grande.’”, disse a técnica de enfermagem Rayana Aquino, de 27 anos, no local em que Walisson era velado na noite desta segunda-feira (23), em Aparecida de Goiânia.

O soldado foi morto com um tiro na cabeça, que o atingiu no olho e atravessou o crânio. O disparo ainda atingiu outro policial militar que estava do seu lado. Ambos atuavam sem farda em uma viatura descaracterizada, um ônix prata, junto com outros dois policiais militares, pelo Serviço de Inteligência da PM, conhecido como PM2.

Walisson morava com a mãe e a irmã mais nova, no Setor Colina Azul, em Aparecida de Goiânia, local onde sempre morou. No Ensino Médio, estudou em um colégio estadual da região.

Loide Dias, de 44 anos, conta que foi vizinha da família por mais de 10 anos. A mulher relata que se lembra bem de Walisson criança, ainda com 8 anos, e já falava que queria ser policial militar. Loide conta que seu esposo é PM, e o soldado se inspirava no homem. “Ele morreu fazendo o que gosta. É um guerreiro”, afirmou ela.

Walisson entrou para a Polícia Militar em 2016, realizando assim o seu sonho. A vendedora Priscila Ferreira, de 29 anos, amiga do soldado, conta que depois de passar no concurso ele lutou pela convocação. Na época, segundo ela, ele estava entre os policiais aprovados que ainda não haviam sido convocados.

Depois de entrar para a PM, amigos contam que ele queria mais, e que almejava entrar em um batalhão especializado – sonho que se realizou no ano passado, quando passou a integrar o Comando de Policiamento Especializado (CPE), em Aparecida de Goiânia. Loide afirma que o jovem ficou extremamente feliz quando entrou para o CPE.

A amiga Rayana Aquino afirma que Walisson não se contentava apenas de integrar a PM. Ele queria fazer parte de alguma equipe especializada. “Ele era louco por essa farda. Ele gostava da adrenalina. Sempre quis uma especializada”, diz.

A família da vendedora Priscila Ferreira, de 29 anos, conheceu Walisson em 2015. Ela e as duas irmãs passaram a ser amigas do soldado depois de serem apresentadas por um amigo em comum, no Setor Colina Azul.

Desde então, acompanham o amor de Walisson pela Polícia Militar. “Era um guerreiro. Tinha amor à profissão. Desde quando terminou o Ensino Médio, já começou a estudar para concurso da PM”, conta.

Suas duas irmãs usavam uma camiseta com o nome “CPE” estampado. A roupa em questão foi feita para o aniversário do sobrinho das três irmãs, Pedro Davi, de 4 anos, em dezembro do ano passado. A criança pediu uma festa de aniversário com o tema “CPE” por causa do ‘tio’ Walisson, como ele o chamava.

Em um vídeo mostrado por elas, o soldado arruma a farda do pequeno Davi no momento de cantar “Parabéns”. Priscila conta que o sobrinho estava resistente em colocar a farda antes do início da festa. Mas quando viu o ‘tio’ Walisson chegando fardado, logo aceitou.

Os amigos contam que o pai de Walisson morreu há muito tempo. Ele tinha três irmãs – duas já não moravam na casa que ele dividia com a mãe e uma irmã mais nova.

Amiga de infância do jovem, a assistente administrativo Kárita Maoana, de 24 anos, afirma que antes de entrar para a PM Walisson já trabalhava. Mas sem abandonar seu sonho. “Para mim ele é uma pessoa de luz. Tenho a lembrança da gente sentado em uma viela perto de casa, quando a gente era criança. Todo dia íamos para lá, ficar conversando”, conta.

A jornalista Larissa Ferreira, de 24 anos, uma das irmãs de Priscila, conta que recentemente conversou com Walisson, o orientando a concluir o curso superior em Direito que ele já havia começado. Na ocasião, ele respondeu: “Se eu morrer hoje, vou ter conquistado tudo. Eu entrei para a gloriosa, que era o meu sonho.”

Um tiro foi disparado contra policiais

O soldado Walisson Miranda Costa, de 28 anos, do Comando de Policiamento Especializado (CPE), foi atingido com um tiro na cabeça, que entrou pelo seu olho e atravessou o crânio, na noite do último domingo (22). Ele estava em uma viatura descaracterizada, um Ônix prata, junto com outros três policiais militares. Todos estavam sem farda, desempenhando O Serviço de Inteligência da PM, conhecido como PM2.

Walisson estava no banco de trás, e o disparo que atravessou sua cabeça atingiu o PM que estava ao seu lado, o sargento Fábio Marques, que foi atendido no Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Buriti Sereno e liberado nesta segunda-feira (23). Já Walisson foi encaminhado para o Hospital de Urgências de Goiãnia (Hugo), onde morreu após passar por cirurgia.

Conforme informações do delegado titular da Delegacia Estado de Investigação de Homicídios (DIH), Álvaro Bueno, uma caminhonete preta emparelhou com o veículo prata onde estavam os policiais no momento em que eles reduziam a velocidade para passar por um quebra-molas na Avenida União, no Setor Garavelo, em Aparecida de Goiânia. A caminhonete preta chegou pelo lado direito do veículo e efetuou um disparo, que atingiu Walisson e Fábio. Em seguida, um dos policiais também efetuou um disparo contra o veículo. A caminhonete saiu em disparada, com dois ocupantes, e os policiais imediatamente seguiram para a UPA, a cerca de 5 quilômetros do local onde os policiais foram baleados. De lá, Walisson foi transferido para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo).

Segundo Bueno, a polícia ainda investiga a motivação do crime. Sobre o que os militares estavam investigando, uma vez que atuavam pelo serviço reservado, o delegado disse que não possui essa informação para divulgar. Segundo ele, os policiais estavam em diligência em uma viatura descaracterizada. A base do CPE é nas proximidades do local onde os PMs foram baleados, e eles trafegavam no sentido da base. Walisson foi velado nesta segunda-feira à noite na Funerária Senap, no Centro de Aparecida de Goiânia. O soldado será sepultado na tarde desta terça-feira (24), no Cemitério Jardim da Esperança.

Foto: Douglas Schinatto

Fonte: O Popular

Link: https://www.opopular.com.br/noticias/cidades/policial-morto-em-aparecida-de-goi%C3%A2nia-sempre-sonhou-em-entrar-para-a-pm-1.1893584



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Nascida de um ideal de aproximação da família policial, revivida de esforços coletivos e abnegada dedicação, criou-se a Associação da Polícia Civil…

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