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Por medo, porteiro assassinado em Itumbiara pediu para deixar o serviço mais cedo

Para os moradores do condomínio onde o porteiro Guilherme Alves Pereira foi assassinado a sangue frio pelo vigilante Wallas Gomes de Lira, de 27 anos, no último sábado (13), em Itumbiara, o porteiro era o “Mister Simpatia”. O jovem de 23 anos, descrito por familiares e amigos como sendo de riso fácil, cativava a todos pelo jeito descontraído e sociável. Na noite em que foi assassinado ele teria pedido ao seu supervisor, minutos antes do crime, para deixar o turno mais cedo, afirmam testemunhas, já temendo que o pior pudesse acontecer.

O medo de Guilherme tinha fundamento. De acordo com o tio da vítima, o funcionário público Ricardo Alves, o porteiro e Wallas haviam tido uma discussão séria cerca de 15 dias antes do ocorrido. “Eles tiveram um desentendimento verbal, houve xingamento de ambas as partes e o Wallas ameaçou ele de morte”, conta. Wallas é vigilante do condomínio onde Guilherme trabalhou por nove meses. De acordo com o tio, tudo começou por causa de uma carona.

O atirador mora próximo da casa onde Guilherme vivia com a família e, por conta disso, oferecia algumas caronas para a vítima. “O que iniciou essa inimizade deles foram essas caronas. O Guilherme tinha pagado pra ele o dinheiro do combustível pra pegar carona para o trabalho”, explica. “E, por algum motivo, ele parou de passar lá pra pegar o Guilherme mesmo tendo recebido o dinheiro”, diz o tio. Depois disso, o relacionamento dos dois se tornou difícil, com provocações e ameaças. “Até esse dia que eles tiveram essa discussão e o Wallas ameaçou ele de morte. Depois disso ele pediu pra mudar de turno”. Com a mudança, os dois não se cruzaram mais até o dia do crime.

A irmã de Guilherme, a comunicadora Priscila Alves Pereira, de 31 anos, que mora em São Paulo, diz que ainda não sabe como reagir. “Fica a dor, todos os dias”. Priscila morava no Canadá e, há quase três anos não via o irmão, por conta disso, resolveu fazer uma visita à família há cerca de três semanas. “Graças à Deus eu vim e pude ver ele”, diz. No dia dessa visita, Guilherme, que já havia trocado de turno por conta das ameaças que sofreu, pediu que um colega o substituísse no trabalho para que ele pudesse passar mais tempo com a família. Para pagar essa troca, ele precisou cobrir o colega no último sábado, data em que também era o plantão de Wallas.

Era cerca de 4 horas quando as provocações por parte do suspeito teriam começado. “Ele realmente estava temendo que alguma coisa fosse acontecer”, conta o tio da vítima. “Por isso, ele chegou a pedir pro supervisor que estava lá na hora para deixar o plantão mais cedo”. De acordo com Ricardo, o supervisor, que foi procurado pela reportagem e afirmou que não dará entrevista, pediu para que Guilherme esperasse mais um pouco, já que faltava pouco menos de 2 horas para o final de seu plantão. “Com a resposta do supervisor, ele foi até o carro buscar o celular pra pedir pro meu filho buscar ele lá no fim do plantão, porque ele estava com medo”, conta Ricardo. Foi nesse momento que Guilherme mandou um áudio para o primo, falando das ameaças que estava sofrendo.

Na volta, foi abordado por Wallas, já com a arma em punho. Em entrevista ao POPULAR, o delegado Vinícius Pena, responsável pelo caso, declarou que, após analisar as imagens, constatou que Wallas “ficou tentando provocar uma reação da vítima para fazer parecer ou se colocar na posição de legítima defesa”, disse.

O motivo da discussão entre os dois naquela noite, segundo as investigações, foi uma bolinha de papel jogada por Wallas e que não teria caído na lixeira que ficava na guarita onde Guilherme trabalhava. Este teria sido o início das provocações que terminaram com a morte de Guilherme com três tiros disparados pelo vigilante.

Ricardo conta que a família da vítima foi contatada por volta das 4h30. Na ligação, foi informado apenas que Guilherme havia se envolvido em uma confusão.

“Eu cheguei lá com a minha irmã (mãe de Guilherme) e o IML (Instituto Médico Legal) já estava lá, a PM (Polícia Militar) e ele estava estirado no chão, todo ensanguentado”, conta o tio. “Eu fiquei desesperado, mas tive que me segurar para poder ajudar a mãe dele, que ficou transtornada”. A empresa de segurança para qual o vigilante trabalha foi procurada pela reportagem, mas não respondeu aos contatos até o fechamento desta edição.

Fonte: O Popular



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