Desde o início da campanha eleitoral, os planos de governo dos candidatos ao governo de Goiás foram devidamente protocolados no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-GO) e estão disponíveis para todos os eleitores no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Até o momento, o Jornal Opção destacou as principais propostas com relação à Educação, Saúde e Segurança e Cultura.
Confira os destaques do que os governadoriáveis apresentaram para o meio ambiente em Goiás:
Daniel Vilela (MDB)
O emedebista e deputado federal Daniel Vilela apresenta em seu plano de governo projetos com o foco no desenvolvimento econômico por meio da geração de emprego, melhoria na renda, capacitação do cidadão, exploração das potencialidades e vocações de cada município e utilização de tecnologias de última geração para integrar todas as áreas do governo.
Os principais projetos são:
– Projeto +Energia: estimular a instalação de usinas fotovoltaicas nos diversos municípios
goianos.
– Projeto Transforma: implantar de forma efetiva a Política Nacional de Resíduos Sólidos em
todos os municípios do Estado de Goiás.
– Projeto +Agro: fomentar e Implantar tecnologias que visem melhorar a produtividade do
agronegócio, buscando sempre preservar o meio ambiente do Estado tendo como norte a
produtividade consciente.
– Projeto Água Limpa: utilizar ferramentas tecnológicas aéreas, como drones, para combater
de forma eficaz o lançamento de esgoto nos mananciais hídricos que circundam as cidades
goianas.
José Eliton (PSDB)
O plano do governador José Eliton para o meio ambiente é desenvolver políticas públicas de sustentabilidade, apoiando a conservação da biodiversidade e dos recursos naturais, preservação dos recursos hídricos, o estímulo à economia circular e as ações mitigatórias da
mudança climática.
Segundo o candidato à reeleição, a importância de uma agenda ambiental na administração pública passa pelo incentivo a sociedade para adoção de um modelo de desenvolvimento, focado na sustentabilidade ambiental e socioeconômica.
-Para o subtema Biodiversidade e Recursos Naturais, é proposto:
-Ampliar as políticas públicas de preservação da biodiversidade e estruturas físicas das unidades de conservação e parques estaduais;
-Fortalecer as estruturas de fiscalização e conservação da vida animal e vegetal. Capacitar e alinhar os órgãos fiscalizadores aos usuários de recursos da biodiversidade (empresas, Institutos de Ciência e Tecnologia – ICT, usuários e parceiros).
-Desenvolver o potencial dos parques estaduais por meios de investimentos públicos e ou privados.
-Para os recursos hídricos:
-Implementar o Plano Estadual de Recursos Hídricos para garantir a disponibilidade hídrica e organizar o uso da água.
-Fortalecer a gestão compartilhada das águas por meio da estruturação dos comitês de bacias hidrográficas.
-Para a Economica Circular:
-Implementar políticas pública incentivando a reciclagem e seu aproveitamento no processo produtivo.
– Alinhar as políticas de acesso a financiamentos para implantar encadeamentos circulares com acesso a crédito e juros competitivos.
-Para as mudanças climáticas:
-Integrar as políticas públicas de mudanças climáticas, energéticas e de resíduos sólidos para garantir acesso à energia com baixo custo e segurança no fornecimento;
-Estimular o reflorestamento em pagamento ou compensação, para áreas degradadas, em descumprimento com a legislação ambiental, como forma de pagamento pecuniário ou desapropriadas pelo Poder Público;
-Elaborar e implementar planos de contingência para resposta a eventos climáticos extremos
Marcelo Lira (PCB)
No documento anexado por Marcelo Lira no site do TSE, é apresentado que a ocupação urbana e o adensamento populacional desordenado têm resultado em graves crises ambientais, a mais recente a de abastecimento de água.
Segundo as propostas, a falta de tratamento de esgotos e de efluentes industriais e agroindustriais, bem como o volumoso desperdício de água, principalmente no agronegócio, devido a um sistema de irrigação ineficiente e desastroso, contribuem para este cenário de crise ambiental e de escassez de água.
Quanto a isso, é proposto:
1) Universalização do saneamento básico, tanto no campo, quanto na cidade.
2) Promoção de política e financiamento voltada para a coleta e armazenamento de água
de chuva para proporcionar o abastecimento da propriedade agrícola nos meses de
escassez de água.
3) Promoção de política de controle, restrição e substituição dos principais
contaminantes de água no meio rural, que em via de regras consistem de argilas
suspensas, matéria orgânica, patógenos originados de fossas sépticas, além de pesticidas
e fertilizantes utilizados nas culturas agrícolas.
4) Adoção de processos de decantação, filtração e desinfecção, utilizados na sequência
para o tratamento de água.
5) Promoção de política voltada para a desinfecção de água de chuva, córregos e poços
para abastecimento e irrigação de hortas pode ser efetuada por meio da cloração.
6) Promoção de política e financiamento voltada para a adoção de sistema de fossa
séptica para tratamento primário de esgoto para pequenas comunidades, baseado nos
sistemas biodigestores.
Kátia Maria (PT)
A palavra meio ambiente não é citada no plano de governo de Kátia Maria em nenhum momento. A proposta sugere, porém, uma transição ecológica para superar o atual modelo de desenvolvimento e recuperar o bioma cerrado.
É sugerido a promoção de investimentos em agroecologia e na mudança da estrutura produtiva para garantir um futuro modero e sustentável em que todos possam respirar ar limpo, beber água potável, comer alimentos saudáveis, usufruir de rios e lagos salubres, viver com saúde, ter empregos dignos e se orgulhar de suas raízes, sejam elas da cidade ou do campo.
Segundo o plano petistas, só haverá desenvolvimento estadual se os municípios também se
desenvolverem.
Ronaldo Caiado (DEM)
Em seu plano de governo, Ronaldo Caiado acredita que a política ambiental, por sua natureza, deve se integrar às demais políticas de desenvolvimento urbano, assim como com as políticas econômicas de Goiás. O estado, segundo as propostas, necessita de estratégias de uso racional de tais recursos e a implantação de modelo de desenvolvimento que assegure sua perenidade para as próximas gerações, o que contempla os pressupostos do desenvolvimento sustentável, sem esquecer das necessidades do cidadão goiano.
Para que isso ocorra torna-se indispensável estruturar políticas responsáveis e avaliar o
desempenho da instituição responsável pela gestão ambiental estadual, a Secima, bem como
as políticas já implementadas pelo governo nesta área.
Entre os compromissos estão: fortalecer o controle social na gestão da política ambiental em Goiás; promover a descentralização da gestão ambiental para os municípios e fortalecer as
Unidades Regionais de gestão. e recuperar a Companhia de Saneamento de Goiás, modernizando a empresa, tornando-a uma organização eficiente e voltada a uma gestão por resultados.
Em entrevista recente ao Jornal Opção, o deputado federal Bohn Gass (PT-RS) fez duras críticas ao senador e candidato ao governo de Goiás Ronaldo Caiado (DEM) e rebateu recentes declarações do democrata quanto ao tema meio ambiente. “O que Caiado queria era anistia irrestrita para quem desmatou”, disparou o petista.
Isso por quê, durante uma entrevista à rádio Sagres, o governadoriável foi questionado sobre as suas propostas para a área de sustentabilidade e acabou escorregando nas palavras ao falar do seu “protagonismo” durante a aprovação do novo Código Florestal Brasileiro, ocorrido em 2012, quando o democrata era deputado federal.
Fonte: Jornal Opção