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UNIÃO GOIANA DOS POLICIAIS CIVIS

Reconstituição busca estabelecer trajetória do disparo que vitimou PM em Goiás

Durante cerca de duas horas e meia, na noite desta terça-feira (1º/10), a Polícia Científica, junto com a Polícia Civil, realizou a reconstituição do crime que vitimou o soldado da Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO) Walisson Miranda Costa, de 28 anos. O objetivo é identificar como se deu a dinâmica do crime. Um dos pontos importantes é a trajetória do disparo que atingiu o soldado.  Ele foi baleado na cabeça na noite do dia 22 enquanto trabalhava junto com outros três militares na região do anel viário de Aparecida de Goiânia.

Foi possível observar que a dinâmica dos fatos foi simulada diversas vezes, com algumas variações. As únicas testemunhas oculares foram os militares que estavam com Walisson no momento do ataque. Assim, a versão deles foi replicada durante a reconstituição. Foram identificadas outras testemunhas, mas elas não viram nada, mas apenas ouviram.

Por isso, durante a reconstituição, disparos de arma de fogo foram realizados. Em um dos momentos, foram quatro tiros, com um espaço entre os dois. Em seguida, foram mais dois disparos e depois mais dois. Com um pequeno equipamento, policiais foram aos locais onde as testemunhas alegam que estavam no momento dos tiros para identificar se elas poderiam ter ouvido ou não os barulhos.

Walisson Miranda Costa, soldado do Comando de Policiamento Especializado (CPE), batalhão especializado da PM, foi atingido com um tiro na cabeça, que entrou pelo seu olho e atravessou o crânio. Ele estava em uma viatura descaracterizada, um Ônix prata, junto com outros três policiais militares. Todos estavam sem farda, desempenhando o Serviço de Inteligência da PM, conhecido como PM2.

O perito criminal José Francisco de Souza Júnior explica que a reconstituição teve início com base em momentos antes de a caminhonete preta (de onde saiu o disparo) emparelhar com o carro usado pelos militares, com a intenção de ver questões como a velocidade do veículo ou a angulação do disparo. Para estabelecer com certeza como se deu o disparo que matou Walisson, o perito afirma que é necessário aguardar o laudo cadavérico. Francisco explicou que a definição de como se deu o rito não depende apenas de um laudo, mas sim de um conjunto de informações.

Titular da 2ª Delegacia Regional de Polícia, em Aparecida de Goiânia, Cybelle Tristão explica que o caso é complexo, e que por isso é necessária a reprodução simulada. A delegada explicou que é nesse momento que todas as versões são avaliadas. “É essencial para o delegado formar sua convicção sobre os fatos”, disse.

Questionada se a Polícia Civil já possuía um suspeito, Cybelle afirma que desde a morte do soldado Wallison a corporação tem se empenhado para investigar, e que existem muitas informações, mas não pode revelar os detalhes. “(A reprodução simulada) não é para identificar autoria. É para traçar a dinâmica em que os fatos ocorreram”, pontuou. Por enquanto, não houve prisão de suspeitos de envolvimento no crime.

POSIÇÃO
Durante a reconstituição, foi possível observar que a caminhonete passou pelo lado direito do carro onde estavam os policiais. Na última semana, o delegado titular do Grupo de Investigações de Homicídios (GIH), Álvaro Bueno, afirmou que a caminhonete preta chegou pela direita pouco antes de um quebra-molas na Avenida União, no Setor Garavelo, momento em que o carro com os policiais estava com a velocidade reduzida.

Na ocasião, o delegado também disse que no total, foram dois disparos: um que atingiu os policiais e depois outro que partiu dos PMs. A delegada Cybelle Tristão afirmou que ainda não estava confirmada a quantidade de disparos. A reportagem apurou, entretanto, que os perícios trabalham com esta informação, de que foram dois disparos – um vindo da caminhonete e outro do carro prata.

Durante a reconstituição, a reportagem também apurou que o policial que disparou foi o mesmo que foi atingido na altura do ombro, o sargento Fábio Marques. Ele estava no banco de trás do veículo, do lado esquerdo, sendo que Wallison também estava atrás, mas do lado direito. Depois que o colega foi baleado, Marques teria colocado metade do corpo para fora do carro e efetuado um disparo na direção da caminhonete. Nem ele, entretanto, sabe se atingiu ou não o veículo.

Depois de ser baleado, os PMs foram atendidos no Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Buriti Sereno, mas Wallison foi encaminhado para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), onde morreu após passar por cirurgia.

Foto: Douglas Schinatto

Fonte: Jornal O Popular

Link: https://www.opopular.com.br/noticias/cidades/reconstitui%C3%A7%C3%A3o-busca-estabelecer-trajet%C3%B3ria-do-disparo-que-vitimou-pm-em-goi%C3%A1s-1.1899707



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