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UNIÃO GOIANA DOS POLICIAIS CIVIS

Reconstituição: Inquérito do caso Danilo está perto do fim

Os detalhes do homicídio de Danilo de Sousa Silva, de 7 anos, serão apresentados pelo Delegacia Estadual de Investigações Homicídios (DIH) na próxima segunda-feira (10). Isso deve ocorrer mesmo após a reconstituição simulada do caso ter sido realizada apenas parcialmente na tarde desta quinta-feira (6), em uma área do Parque Santa Rita, Região Oeste de Goiânia. A intenção da DIH era contar com os dois suspeitos de participação na morte do garoto, mas o ajudante de pedreiro Hian Alves de Oliveira, de 18 anos, preferiu não participar.

Ele é o único dos dois suspeitos que confessou participação no ocorrido em depoimento à Polícia Civil (PC) e inclusive voltou ao bairro na última segunda-feira (3) para mostrar aos policiais onde estavam os paus utilizados para bater na vítima. Danilo desapareceu no dia 21 de julho e seu corpo foi encontrado em uma mata a cerca de 100 metros de sua casa no dia 27. No depoimento, Hian afirmou que o padrasto da criança, Reginaldo Lima Santos, 33, foi quem matou Danilo afogado em uma poça de lama. Ele disse também que sua participação foi levar o garoto até a mata.

No entanto, na tarde desta quinta (6), o advogado de Hian, Gilles Gomes, teve deferida uma ação judicial que desobriga o suspeito a participar da reconstituição do crime. A decisão saiu no início da tarde, mas a PC ainda não havia sido notificada. Hian foi levado ao local do crime, assim como Reginaldo. E chegou a ser retirado do veículo da polícia, mas decidiu não participar, ficando em silêncio sobre a situação da qual havia confessado. O advogado dele explicou que é um direito a não autoincriminação. “Ele não precisa colaborar se não quiser, não precisa produzir provas contra ele mesmo”, relata Gomes.

A decisão foi proferida pelo juiz Antônio Fernandes de Oliveira, da 4ª Vara de Crimes Dolosos Contra a Vida. “A vontade do Hian é não participar e ter o seu advogado em todas as partes desse processo”, diz a defesa. Sobre ter confessado a participação, Gomes reforça que “todas as manifestações até agora foram feitas sem o advogado”. O advogado fez questão de se manifestar aos moradores do local de que também quer justiça no caso, mas que essa deve valer para todos. “Estão ocorrendo muitas injustiças neste caso, principalmente com o Danilo. Mas a mesma justiça que serve ao Danilo, serve para qualquer um de nós e também ao Hian”, disse.

Em nota, a PC informa “que a reprodução simulada dos fatos, inerente ao Caso Danilo, foi realizada com sucesso”. “A diligência transcorreu dentro da normalidade, em que pese a opção circunstancial do suspeito Hian Alves de permanecer em silêncio.” Informa ainda que não haverá outra manifestação sobre o caso até a próxima segunda-feira (10), quando o inquérito policial será concluído.

Simulação ocorre em menos de 2 horas

Marcada para ter início às 15 horas desta quinta-feira (6), a reprodução simulada dos fatos que culminaram na morte de Danilo de Sousa Silva, de 7 anos, foi finalizada às 16h40. Ela estava prevista para durar entre cinco e seis horas contínuas, com o trabalho de cinco peritos, dez agentes da Força Nacional de Segurança e 40 da Polícia Civil, além de três delegados da Delegacia Estadual de Investigações Homicídios (DIH).

Às 14h30, todas as vias de acesso ao campo de futebol de terra na área pública do Parque Santa Rita, que contém ocupações de moradias, foram interditadas para a realização do trabalho de simulação. Os peritos exigiram que houvesse o afastamento da imprensa do local e proibiu que fossem realizadas imagens do trabalho, impedindo até mesmo que câmeras e fotógrafos estivessem nas casas dos moradores.

Apenas uma pequena parte das pessoas que moram no local conseguiu observar o serviço com maior proximidade. À distância, foi possível verificar a presença dos dois suspeitos, Hian Alves e Reginaldo Santos, e também da mãe de Danilo, Gracilene Silva. Outros moradores do local estavam curiosos para que Reginaldo aparecesse em público e demonstravam ódio a ele, a quem chamavam de monstro pelo ocorrido, mesmo que ainda não se tenha a finalização do inquérito policial que apura o caso.

No período em que a simulação ocorreu, os peritos conversaram com a mãe de Danilo por um tempo e fizeram a medição dos espaços que, supostamente, eram o trajeto de Hian e Danilo até a mata em que ele foi encontrado. Em 1h40, não foi possível perceber os peritos passando do campo de futebol ou entrando no local em que o corpo foi encontrado, ou mesmo reproduzindo o suposto trajeto com o manequim que foi feito para simular a vítima.

Os peritos tinham elaborado um boneco com a altura e o peso de Danilo e utilizariam o mesmo junto com Hian, para que ele explicasse como a criança foi levada até o padrasto que o aguardava na mata, de acordo com o depoimento dado aos policiais anteriormente. Os moradores que puderam acompanhar de perto o trabalho da perícia de simulação contaram ao POPULAR que, no tempo em que estiveram no local, apenas conversaram com os familiares da vítima e mediram espaços.

Às 16h40, todos os peritos e agentes voltaram aos veículos e foram embora. Não foi dito aos moradores e nem à imprensa a razão de a reprodução ter sido finalizada naquele momento. Coincidentemente, isso ocorreu dez minutos após a chegada do advogado de Hian Alves, Gilles Gomes, com a decisão judicial desobrigando o suspeito a participar da perícia. O advogado informou que não chegou a falar com os delegados responsáveis e também não soube dizer ainda o que havia ocorrido até então. A Polícia Civil informou que o trabalho foi realizado “com sucesso”.

Foto: Wildes Barbosa

Fonte: Jornal O Popular

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