A Assembleia Geral do Fórum em Defesa dos Servidores Públicos de Goiás, realizada na tarde desta segunda-feira (14/01), em frente à Secretaria da Fazenda, em Goiânia, decidiu não aceitar o pagamento de janeiro/19 antes da quitação do mês de dezembro/18. Os servidores públicos estaduais também decidiram buscar uma nova agenda com o governador para que as Entidades apresentem os pontos discutidos e deliberados, mantendo um canal de negociações para dar fim ao impasse.
Outra decisão foi a decretação de Assembleia Permanente dos servidores, podendo o Fórum em Defesa dos Servidores convocar em qualquer momento outra reunião para deliberação de outros atos.
“Todos reconhecem a dificuldade que o Estado vem enfrentando, mas não podemos aceitar a perda da dignidade e penalização dos servidores”, declaram em nota os servidores ao final da assembleia, que contou com a presença de centenas de funcionários civis e militares, ativos e inativos concentrados em frente à sede da SEFAZ no momento em que o governador se ESTAVA REUNIDO com representantes da área econômica do Governo federal.
“Os servidores exigem que o governo cumpra a ordem cronológica de pagamento da folha, quitando, integralmente, primeiro o mês de dezembro e em seguida janeiro. Vamos tentar achar uma solução conjunta o mais breve possível e, caso contrário, e se não for possível antecipar agenda, aguardar a reunião com o governador que está agendada para o dia 17, às 15h, no Centro Administrativo”, afirma José Virgílio, presidente da União Goiana de Policiais Civis (UGOPOCI).
Segundo Virgílio, os servidores que ainda não receberam seus salários clamam ao governador Ronaldo Caiado para que efetue o pagamento referente ao mês de dezembro/2018.
“O sentimento é de que o servidor não aceita, em hipótese alguma, o parcelamento do pagamento do mês de dezembro, como chegou a sugerir o Governo estadual”, frisa.
Situação Econômica Financeira do Estado.
As informações são de que o governo estadual tem dinheiro em caixa suficiente para pagar a folha de dezembro do funcionalismo, no entanto, por opção politica e visando reunir requisitos para se enquadrar no Regime de Recuperação Fiscal (RRF) do Governo Federal, optou por não pagar os servidores públicos estaduais. Em outras palavras, se o Estado de Goiás aderir ao RRF, durante o tempo de validade da adesão, o Governo estadual não poderá conceder reajustes salariais, promoções, realizar concurso público etc. E o que é pior: só começaria a pagar as primeiras parcelas da folha de dezembro depois do segundo semestre de 2019 e, de forma parcelada.
Manoel Messias Rodrigues
98460-5864
Jornalista