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UNIÃO GOIANA DOS POLICIAIS CIVIS

Resultados reforçam importância de banco de dados de DNA em Goiás

A informação esta semana de que exames de DNA confirmaram a autoria de crimes de estupro praticados por um morador de rua em Goiânia nos anos de 2013 e 2020 reforçou o papel de relevância do Laboratório de Biologia e DNA Forense (LBDF) da Polícia Técnico-Científica de Goiás, considerado hoje um dos mais produtivos do País. O caso se soma a muitos outros solucionados com a ajuda do Banco de Perfis Genéticos da Secretaria de Segurança Pública (SSP) estadual que faz parte da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG), criada em 2013, pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

Peritos do Instituto de Criminalística Leonardo Rodrigues da Polícia Técnico-Científica, ao qual está vinculado o Laboratório de Biologia e DNA Forense, coletaram o sêmem do homem acusado dos estupros, que está preso desde maio do ano passado. O material genético foi comparado com aqueles encontrados nas vítimas, confirmando as suspeitas. Agora, o DNA do morador de rua integra o Banco de Perfis Genéticos da SSP e pode ajudar, no futuro, na solução de outros casos.

“Cada resultado desse é motivo de muito orgulho para nós, de dever cumprido por ter auxiliado a sociedade. A equipe sempre comemora. Tudo aquilo que precisa de maior investigação a gente se desdobra para oferecer à Polícia Civil um maior número de informações para chegar ao responsável pelo crime quando o banco não dá autoria”, afirma a perita criminal Mariana Flávia da Mota, administradora do banco. Ela explica que os matches, ou coincidência entre vestígios, informam que o mesmo agressor cometeu os crimes, mas a Polícia Civil precisa chegar à autoria.

Foi o que aconteceu em 2019 quando o Banco de Perfis Genéticos da SSP foi responsável pela identificação do homem que é considerado um dos maiores estupradores em série do País, o mato-grossense Welington Ribeiro da Silva, de 53 anos. Os peritos do Instituto de Criminalística descobriram no fim de 2018 que oito casos de estupro tinham autoria única. Uma força tarefa foi criada e após quase 50 dias de investigação o homem foi preso em Aparecida de Goiânia, durante a Operação Impius. A Welington são atribuídos, somente em Goiás, 37 estupros.

Esse trabalho ganhou reconhecimento internacional. No ano passado, a RIBPG premiou a Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC) de Goiás por sua produção. O núcleo ficou em segundo lugar em duas categorias: vestígios (valores absolutos) e vestígios (valores relativos), e em terceiro lugar na identificação de pessoas desaparecidas. Relatório da RIBPG divulgado em maio deste ano revela que a SPTC continua sendo uma das mais produtivas do País quando se trata da coleta, armazenamento e identificação de material genético.

De novembro de 2020 a maio de 2021 o banco passou de 7.264 para 9.375 perfis genéticos, material que contribuiu para o crescimento do número de resoluções de crimes de 232 para 290 casos. Após coletadas nos locais de crime ou nos corpos de vítimas no Instituto de Medicina Legal (IML), as amostras são encaminhadas ao Laboratório de DNA, processadas e inseridas no Banco de Perfis Genéticos. Também há coletas de material genético de indivíduos condenados e que cumprem pena em presídios. No último relatório da RIBPG,Goiás ficou em segundo lugar no maior número de coincidências entre vestígios de diferentes locais de crimes, com 750 matches, no jargão forense, atrás apenas de São Paulo, com 1.088.

Em junho deste ano, as 22 unidades da Polícia Técnico-Científica de Goiás participaram da Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas, uma iniciativa do MJSP e do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). Foi coletado material de 188 pessoas, de 118 famílias. Até agora, esse trabalho possibilitou a resolução de sete casos de pessoas desaparecidas.

Novos investimentos 

Superintendente da Polícia Técnico-Científica de Goiás, o médico legista Marcos Egberto Brasil de Melo comemora os resultados apresentados pelo Laboratório de DNA. “É importante dar uma autoria aos crimes não solucionados usando a ciência, a técnica, mas também a integração. Fazemos a nossa parte com as pesquisas genéticas e a elaboração dos laudos, mas por outro lado tem a Polícia Civil, responsável pela investigação.”

Marcos Egberto lembra que a RIBPG tem sido priorizada pelo governo federal. Somado a isso há uma lei que estabelece a inserção de perfis genéticos no banco e metas anuais a serem cumpridas, o que tem sido feito com destaque por Goiás. A SPTC trabalha em duas frentes para aprimorar esse trabalho: investimento na ponta, onde são coletadas as amostras para que elas cheguem ao laboratório com melhor qualidade; e um esforço para habilitar o laboratório com a ISO 17.025, a maior certificação para um laboratório de DNA.

“Hoje no Brasil apenas o laboratório da Polícia Federal tem essa certificação. Esperamos que, até meados do próximo ano, com recursos extras do MJSP, possamos conquistá-la. Isso quer dizer que um laudo da Polícia Técnico-Científica de Goiás terá o mesmo valor de um laudo das polícias da Noruega, da Suíça, do Japão ou dos Estados Unidos. Será um salto de qualidade.”

Casos emblemáticos

2019 – Wellington Ribeiro da Silva, de 53 anos, foi identificado pela Polícia Civil de Goiás como um dos maiores estupradores em série do Brasil. O trabalho foi possível após o Laboratório de DNA da SPTC descobrir que havia oito casos coincidentes de material genético de vítimas e agressor, mas sem autoria. Após uma força-tarefa, o homem foi preso. Em Goiás há confirmação de 37 casos de estupro praticados por ele.

2020 – A Polícia Civil de Goiás prendeu um homem de 40 anos suspeito de praticar pelo menos seis estupros entre 2016 e 2019 em Goiânia e Senador Canedo. As vítimas eram roubadas e estupradas. O perfil genético do autor analisado pelo Laboratório de DNA correspondeu ao mesmo indivíduo.

2020 – O Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG) reportou um match (coincidência de vestígios) em crimes ocorridos em Goiás e no Maranhão. O material foi coletado em motéis, após roubo aos estabelecimentos e estupros às vítimas. Durante as investigações soube-se que uma quadrilha tinha sido presa no Tocantins praticando o mesmo tipo de crime. Foram analisados material genético de três suspeitos, um deles preso na Penitenciária Odenir Guimarães (POG). Um deles foi coincidente em todos os três casos.

O titular da SPTC revela que em 2021 no ranking para repasse de verbas fundo a fundo do Sistema Únicoa de Segurança Pública (SUSP), a unidade ficou em primeiro em Goiás em razão do cumprimento de metas estabelecidas pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). Isso significa que, 5% do valor do fundo, em torno de R$30 milhões, foi uma conquista pelo trabalho do Banco de Perfis Genéticos.

Fonte: Jornal O Popular/Perita criminal, Mariana Mota é administradora do banco de DNA. Trabalho é fundamental para desvendar crimes (Foto: Fábio Lima)

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Nascida de um ideal de aproximação da família policial, revivida de esforços coletivos e abnegada dedicação, criou-se a Associação da Polícia Civil…

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