Os cinco presos indiciados por homicídio triplamente qualificado pela morte do engenheiro agrônomo Antônio David dos Santos Filho, então com 40 anos, serão julgados no dia 6 de maio. O julgamento foi marcado pelo magistrado da 4ª Vara Criminal de Aparecida de Goiânia, Dr. Leonardo Fleury, e deve começar às 8h30 no Fórum da comarca. Antônio foi assassinado em 2016, dentro do Complexo Prisional, onde estava detido suspeito pelo sumiço da enfermeira Deise Ferreira, que desapareceu após rito de Santo Daime, na capital. O advogado Rogério Rodrigues de Paula, que chegou a defender Antônio na época da prisão e agora está como assistente de acusação do Ministério Público, disse estar confiante na condenação. “Temos prova da participação dos cinco presidiários no crime”. Milton Marcolino é o promotor do caso.

Corpo

Antônio David foi morto na noite do dia 9 de março de 2016, 30 dias após ser preso em Santa Catarina. Segundo investigação na época, os internos torturaram a vítima para que dissesse onde estava o corpo da enfermeira Deise Ferreira. Como ele disse que não sabia, o enforcaram e espancaram até a morte. Doze presos chegaram a ser indicados pelo crime, mas apenas cinco foram pra frente, após o depoimento de uma testemunha.

Indiciado

Antes da morte de Antônio, ele chegou a ser indiciado pela Polícia Civil por homicídio e ocultação de cadáver. A polícia viu divergências no depoimento dele com o que teria dito aos familiares da enfermeira. A conversa foi gravada. Para o advogado Rogério Rodrigues, Antônio sempre negou os crimes. “Ele morreu negando”. O líder responsável pelo local do ritual do Daime, Cláudio Pereira Leite, também chegou a ser preso na época e morreu em 2017.

Fonte: Coluna Direito & Justiça/Jornal O Popular