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Opinião - 09/09/2008

Diário da Manhã – Opinião – Dia 09/09/2008

por Ernesto Roller*

A segurança pública é uma prioridade no governo de Alcides Rodrigues e a publicação do edital do concurso da Polícia Civil, na semana passada, é mais uma prova disso.

As demandas da sociedade quanto à segurança superam, em muitos casos, as possibilidades do Estado, mas é importante destacar que a autorização do governador para a realização deste concurso foi concedida em um momento de forte contenção de gastos. A autorização foi uma exceção à regra imposta por decreto, baixado pelo governo, com o intuito de reduzir gastos, e que proibia a realização de qualquer concurso público.
As 612 vagas abertas (112 para delegados, 300 para agentes e 200 para escrivão) vão suprir em grande parte o déficit de servidores dessa corporação. Claro, o ideal seria suprir todo o déficit e é para isso que trabalhamos. O governador sabe disso. Tanto que, no anúncio do edital, acenou para a possibilidade de abrir outro concurso.

É importante contextualizar este momento em que publicamos este edital. Esta não é a primeira ação da secretaria e do governo visando a melhoria de nossos recursos humanos. A primeiro foi o incremento na remuneração dos policiais civis e militares, com a aprovação de planos de cargos e salários para essas categorias. O salário dos policiais goianos é, hoje, um dos melhores do País. Goiás é um dos poucos Estados que remunera bem os policiais civis e militares.

Além do concurso da Polícia Civil, o governador já autorizou outros três concursos para a Segurança Pública, na Polícia Militar, Polícia Técnico-Científica e no Sistema de Execuções Penais. Na Polícia Técnico-Científica, serão 133 vagas, 84 delas para peritos criminais e 49 para auxiliares de autópsia, com salário iniciais, respectivamente, de R$ 5,2 mil e R$ 2.711,00. Vale dizer que, com este concurso, o número de peritos criminais será praticamente dobrado.

Também está autorizado o concurso para a PM, que prevê a contratação de mil soldados e 45 oficiais, todos com exigência de nível superior. Para o sistema de execuções penais, serão 400 vagas para agentes prisionais.

Além da melhoria de nosso recursos humanos, com aumento dos salários e realização de concursos - esta é a única forma de contratar policiais -, estamos buscando a melhoria de nossas estruturas físicas. Para tanto, temos buscado recursos no governo federal e otimizado os recursos do orçamento da SSP.

Já está autorizada, por exemplo, a reforma do Instituto Médico Legal de Goiânia, e foi inaugurado o novo prédio do Instituto de Criminalística, que agora está sendo dotado de equipamentos de ponta, o que fará dele um dos mais modernos e bem equipados do país. Além disso, inauguramos dois novos Ciops, um em Goiânia e outro em Aparecida de Goiânia, e estamos nos preparando para fazer a reforma de delegacias.

Lembro que este ano o governo federal, por meio do Ministério da Justiça, liberou R$ 43 milhões para a realização de projetos no âmbito da SSP. Entre eles estão as construções da Academia da Polícia Civil (obra orçada em R$ 7 milhões) e de 20 chefaturas de polícia, unidades de Polícia Militar que ficarão em bairros da capital, projetadas para serem unidades de policiamento comunitário.

Isto é trabalhar focado em resultados práticos para a Segurança Pública, como instituição muito cobrada e que muito tem feito, e para a segurança do cidadão diretamente.

E aproveito para ressaltar o trabalho dos nossos policiais. Todos merecem nosso respeito, nossa consideração e, reconhecidamente, a nossa admiração. Falo com orgulho que temos em Goiás uma polícia que age com inteligência, com rapidez e que busca o bem estar da coletividade.

É o que me faz falar com segurança - e aqui falo da segurança de quem pode falar firme porque confia em sua equipe, na polícia goiana e neste governo sério e responsável: em Goiás, bandido não tem vez. Aqui, trabalhamos a favor da vida, mas da vida do cidadão de bem.
E, principalmente, trabalhamos com os pés no chão, e não com o salto alto dos palanques eleitoreiros.


* Ernesto Roller é secretário de Segurança Pública de Goiás, advogado e deputado estadual