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Técnicos discordam do governador sobre novo decreto em Goiás

A equipe técnica formada por pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) que integra o Centro de Operações de Emergência (COE) sugeriu para o governador Ronaldo Caiado (DEM) que haja uma intensificação de fiscalização e campanhas de conscientização do combate ao novo coronavírus (Sars-CoV-2), ao invés de um novo decreto mais restritivo com o fechamento de mais tipos de comércio. O grupo também defendeu o retorno da proibição de cultos e missas, atividade permitida no último decreto estadual, mas sem apoio técnico.

Caiado tem defendido o endurecimento das medidas de distanciamento social em cidades com mais casos confirmados da doença, depois que Goiás atingiu a menor taxa de isolamento do País nesta semana. A reunião com a equipe técnica da UFG foi realizada na última terça-feira (12) e pode influenciar as próximas decisões do governador do Estado.

Os pesquisadores, que vêm estudando o comportamento do vírus no Estado, defendem que Goiás deve ter um índice de isolamento de pelo menos 50% para manter a taxa de reprodução do vírus baixa e não sobrecarregar o sistema de saúde com muitos doentes que precisam ser hospitalizados.

Para alcançar este índice, eles defendem uma fiscalização mais rígida do cumprimento do atual decreto, dos setores econômicos que não deveriam estar operando; uma melhor estratégia de comunicação social, com campanhas de conscientização a curto, médio e longo prazo; e a revisão dos protocolos de funcionamento dos estabelecimentos com permissão para abrir, que após a avaliação podem ser endurecidos.

A equipe técnica da UFG tem avaliado o grau de mobilidade dos goianos por tipo de atividade: porcentagem de quem fica em casa, escritórios e residência, transporte, parques, mercados e farmácia, varejo. A partir deste estudo, os pesquisadores não veem a necessidade de “lockdown” neste momento, que é o confinamento total da população com exigência de explicações para sair de casa. Caiado não chegou a sugerir algo do tipo, mas um decreto mais rígido.

A reportagem apurou que há um entendimento da equipe técnica que a política do atual decreto não foi totalmente cumprida, havendo a necessidade de mais fiscalização e uma campanha de comunicação de massa. Entre as sugestões está o uso de mensagens de celular. O objetivo é provocar um maior engajamento da população no combate à disseminação do coronavírus.

Há muita preocupação com a movimentação alta em parques, por exemplo, que caiu apenas 18% quando se compara com períodos equivalentes de 2019. Isso é um sinal, na interpretação de pesquisadores, que há um problema maior de conscientização da população e não só de permissão de atividade econômica.

Além disso, a reportagem também apurou que há um entendimento dentre os pesquisadores, que não existe garantia de que a população que está desobedecendo ao atual distanciamento, vai passar a respeitar as regras de um novo decreto. A avaliação é que uma das causas é a diferença de orientações repassadas pelos governadores e prefeitos e pelo governo federal.

Igreja
Ainda na reunião com o governador na terça, integrantes da equipe técnica da UFG defenderam que, se a decisão for fechar mais atividades, o grupo é favorável à interrupção das que foram liberadas no último decreto, mesmo sem aval técnico. No caso, os cultos e missas, que atualmente podem ser feitos com lotação máxima de 30% dos templos. A ideia inicial do governador de fazer um decreto mais rígido em cidades com mais casos já incluí o fechamento de igrejas.

O titular da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO), Ismael Alexandrino, explica que a pasta é alinhada com as considerações dos técnicos da UFG, mas não que sejam contrários a um decreto estadual. O texto ainda está em elaboração. “O entendimento do COE é que se o atual decreto for fiscalizado e cumprido, além de fechar igrejas, estaria ok (sic)”, avalia o secretário.

O COE é um grupo de combate à Covid-19 formado por representantes de várias entidades, como pesquisadores, técnicos da SES-GO, Ministério Público e Conselho de Secretarias Municipais de Saúde. As sugestões da equipe técnica costumam ser consideradas pelo governador, apesar de algumas divergências como no caso das igrejas.

O biólogo e professor da UFG, José Alexandre Felizola Diniz Filho, que faz parte do COE, defende que se houvesse mais fiscalização e campanha de conscientização, talvez se conseguisse voltar ao nível de isolamento de 50%. No entanto, ele faz ressalvas, de que os pesquisadores da UFG fazem estudos e os apresentam, mas não assessoram o governo diretamente. Ele pondera que as decisões do governo são baseadas também em outros fatores.

A superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim, reforçou que o COE é consultivo, aponta onde é preciso chegar – no caso, isolamento de 50% – mas a forma de fazer isso fica a cargo do governador. A reportagem pediu um posicionamento oficial do governador Ronaldo Caiado (DEM), mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.

Foto: Diomício Gomes

Fonte: Jornal O Popular



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